Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 5 de abril de 2013

Unicamp testa fitoterápico para cicatrizar lesões de pele e mucosa

Mary Ann Foglio (a dir.), coordenadora do projeto, e Ilza Maria de Oliveira Sousa, autora da dissertação
Foto: Antoninho Perri/Ascom/Unicamp
Mary Ann Foglio (a dir.), coordenadora do projeto, e Ilza
Maria de Oliveira Sousa, autora da dissertação
O crajiru é encontrado em todo o Brasil e integra a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS
 
Pesquisadores da Unicamp desenvolvem um novo medicamento fitoterápico para cicatrização de lesões de pele e mucosa, a partir da Arrabidaea chica Verlot, planta conhecida como crajiru. Não se trata de colocar mais um cicatrizante no mercado, segundo a professora Mary Ann Foglio, pesquisadora da Divisão de Fitoquímica do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp. " O produto tem um poder cicatrizante muito bom que poderá atender àqueles pacientes que desenvolvem feridas em consequência de diabetes ou ainda pacientes imunodeprimidos." Ela orientou Ilza Maria de Oliveira Sousa, autora do estudo.

A pesquisa avaliou a estabilidade do extrato seco e criou formulações semissólidas com os extratos padronizados produzidos a partir das folhas de crajiru. Este trabalho já contribuiu para o depósito da segunda patente na Agência de Inovação Inova da Unicamp, no final do ano passado. A primeira patente é sobre processos para microencapsulação do extrato da planta (micro e nanopartículas), enquanto esta se refere às técnicas para produção de nanopartículas de longa duração. Há negociações em torno de ambas as patentes com uma empresa farmacêutica nacional.

A espécie Arrebidaea chica Verlot, o crajiru, integra a Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus) utilizadas pela população brasileira e que apresentam evidência para indicação na atenção básica de saúde. Ao crajiru são atribuídas propriedades terapêuticas para enfermidades da pele.
 
Apesar de ser encontrada em todo o país, a A.chica é mais comum na Amazônia, onde é utilizada principalmente pelos indígenas como corante para pintar o corpo e também para infecções fúngicas (microbianas).

O Centro de Pesquisa Agroflorestal da Embrapa de Rondônia informa sobre outros usos medicinais, como em infecções de origem uterina e males do fígado, estômago e intestino; informa ainda sobre sua serventia para diarreias, leucemia, conjuntivite aguda e para o ataque de insetos (na forma de pasta).
 
O crajiru também é utilizado como pigmento para algodão, era exportado em pequena escala no início do século, como corante vermelho-americano. A A.chica é descrita como planta arbustiva trepadeira, ganhando outros nomes populares como carajurú, capiranga, cipó cruz, grajirú, crajurú, guarajurupiranga, pariri e piranga.
 
Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário