Brasília – O Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo
(Sindusfarma) questionou ontem (4) o reajuste de até 6,31% autorizado para medicamentos vendidos
em todo o país. Em nota, a entidade diz que o governo aplicou “um discutível
cálculo de produtividade, que reduz o índice de reajuste e prejudica muitas
empresas, ao impedi-las de repor o aumento de custos de produção do
período”.
Segundo nota do Sindusfarma, desde 2011, a indústria farmacêutica enfrenta
pressões de custo, sobretudo com pessoal, insumos e matérias-primas importadas,
cujas cotações internacionais subiram no ano passado e ficaram mais elevadas por
causa da desvalorização do real. “Até agora, o setor absorveu esse impacto mas,
em contrapartida, experimentou queda de rentabilidade”, ressalta o
sindicato.
No comunicado, a entidade destaca que, se todas as apresentações de
medicamentos forem reajustadas pelos índices máximos autorizados, o aumento
médio ponderado chegará a 4,59% e a variação de preços dos medicamentos ficará
abaixo da inflação geral. Em 2012, segundo o Sindusfarma, os medicamentos
subiram 4,11% em média, enquanto a inflação geral foi de 5,84%.
“É sempre importante esclarecer que o reajuste atualiza a tabela de Preços
Máximos ao Consumidor [PMC] e não gera aumentos automáticos nem imediatos nas
farmácias e drogarias. Em regra, há um período de ajuste, que dura de dois a
três meses. As primeiras variações de preço registram-se em junho ou julho,
quando começam as reposições de estoques, já que o varejo costuma antecipar
compras antes da entrada em vigor do reajuste.”
Fonte Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário