Para um paciente ser diagnosticado como fibromiálgico, ele precisa apresentar sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 pontos do exame clínico |
Você já imaginou estar com uma doença que lhe deixa indisposto, com uma contínua sensação de cansaço, dor crônica e generalizada por todo o corpo, alterações no sono, cefaleia e distúrbios emocionais e psicológicos? É esse o quadro enfrentado por quem adquiriu a Síndrome da Fibromialgia. Esta doença é considerada uma síndrome já que engloba uma série de manifestações clínicas, sendo uma forma de reumatismo associada à sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O diagnóstico de reumatismo se justifica pelo fato de envolver músculos, tendões e ligamentos.
A causa específica da fibromialgia é desconhecida, mas especula-se que tensão e estresse podem estar relacionados ao seu aparecimento. Por não existirem exames laboratoriais que possam orientar os médicos, seu diagnóstico ainda é difícil e demorado, consistindo de exame clínico. Atingindo principalmente mulheres acima que 40 anos, a fibromialgia só passou a ser reconhecida como doença em 1990, segundo a Abrafibro (Associação Brasileira dos Fibromiálgicos). Por estas razões a associação pretende neste dia 12 de maio, data mundial de conscientização a respeito da doença, fazer uma campanha que sensibilize as pessoas para as dificuldades que aqueles que são acometidos pela fibromialgia enfrentam no seu dia a dia.
— Para um paciente ser diagnosticado como fibromiálgico, ele precisa se queixar de dor difusa há mais de três meses, ter distúrbios no sono e apresentar sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 pontos do exame clínico. Como os sintomas são parecidos com os de outras patologias (de tendinite e gota a lúpus, hipotireoidismo e até esclerose múltipla) e como nem todos os médicos conhecem a síndrome, os pacientes podem sofrer anos até obter o diagnóstico — explica Jamil Natour, reumatologista da Unifesp.
Fibromialgia tem cura?
Infelizmente, ainda não. Mas com o tratamento atual é possível que o paciente fique sem dor ou com a dor a um nível muito baixo. Os outros sintomas como a fadiga, a alteração do sono e a depressão também podem ser tratados adequadamente.
— O sucesso depende muito do empenho da pessoa doente, em especial porque a depressão está presente em 50% dos pacientes. Por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma 'depressão mascarada'. Hoje, sabemos que a dor da fibromialgia é real, e não se deve pensar que o paciente está 'somatizando', isto é, manifestando um problema psicológico através da dor — afirma o reumatologista Eduardo Paiva, chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR de Curitiba – PR.
Depoimento
"Meu nome é Márcia Helena da Silva, moro em Resende – RJ. Sou portadora de fibromialgia há 20 anos, sendo que fui diagnosticada há apenas cinco anos. Sou técnica em enfermagem e já não trabalho desde 2006. No início recebia auxílio-doença do INSS, mas recebi alta porque acham que eu teria condições de trabalhar. Fiquei em crise grave, totalmente acamada de 2006 a 2010, sem condições nem mesmo de realizar cuidados pessoais.
Saí daquela crise grave, mas há dois meses voltei a ficar acamada. Sinto dores fortíssimas, fadiga extrema, fraqueza muscular muito forte, alterações no sono e vários outros sintomas. Sou um dos mais de 3,6 mil membros da Abrafibro, que com sua presença nas redes sociais nos encoraja a fazer o tratamento correto, atuando como um grupo de auto-ajuda. Nós temos muitas dificuldades, mas o importante é lutar por melhorias e dignidade."
Tratamento e recomendações
• Uso de analgésicos e anti-inflamatórios associados a antidepressivos tricíclicos.
• Atividade física regular.
• Acompanhamento psicológico.
• Massagens e acupuntura.
• Evitar carregar pesos.
• Fugir de situações que aumentem o nível de estresse.
• Eliminar tudo o que possa perturbar o sono como luz, barulho, temperatura desagradável.
• Procurar posições confortáveis quando for permanecer sentado por muito tempo.
A causa específica da fibromialgia é desconhecida, mas especula-se que tensão e estresse podem estar relacionados ao seu aparecimento. Por não existirem exames laboratoriais que possam orientar os médicos, seu diagnóstico ainda é difícil e demorado, consistindo de exame clínico. Atingindo principalmente mulheres acima que 40 anos, a fibromialgia só passou a ser reconhecida como doença em 1990, segundo a Abrafibro (Associação Brasileira dos Fibromiálgicos). Por estas razões a associação pretende neste dia 12 de maio, data mundial de conscientização a respeito da doença, fazer uma campanha que sensibilize as pessoas para as dificuldades que aqueles que são acometidos pela fibromialgia enfrentam no seu dia a dia.
— Para um paciente ser diagnosticado como fibromiálgico, ele precisa se queixar de dor difusa há mais de três meses, ter distúrbios no sono e apresentar sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 pontos do exame clínico. Como os sintomas são parecidos com os de outras patologias (de tendinite e gota a lúpus, hipotireoidismo e até esclerose múltipla) e como nem todos os médicos conhecem a síndrome, os pacientes podem sofrer anos até obter o diagnóstico — explica Jamil Natour, reumatologista da Unifesp.
Fibromialgia tem cura?
Infelizmente, ainda não. Mas com o tratamento atual é possível que o paciente fique sem dor ou com a dor a um nível muito baixo. Os outros sintomas como a fadiga, a alteração do sono e a depressão também podem ser tratados adequadamente.
— O sucesso depende muito do empenho da pessoa doente, em especial porque a depressão está presente em 50% dos pacientes. Por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma 'depressão mascarada'. Hoje, sabemos que a dor da fibromialgia é real, e não se deve pensar que o paciente está 'somatizando', isto é, manifestando um problema psicológico através da dor — afirma o reumatologista Eduardo Paiva, chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR de Curitiba – PR.
Depoimento
"Meu nome é Márcia Helena da Silva, moro em Resende – RJ. Sou portadora de fibromialgia há 20 anos, sendo que fui diagnosticada há apenas cinco anos. Sou técnica em enfermagem e já não trabalho desde 2006. No início recebia auxílio-doença do INSS, mas recebi alta porque acham que eu teria condições de trabalhar. Fiquei em crise grave, totalmente acamada de 2006 a 2010, sem condições nem mesmo de realizar cuidados pessoais.
Saí daquela crise grave, mas há dois meses voltei a ficar acamada. Sinto dores fortíssimas, fadiga extrema, fraqueza muscular muito forte, alterações no sono e vários outros sintomas. Sou um dos mais de 3,6 mil membros da Abrafibro, que com sua presença nas redes sociais nos encoraja a fazer o tratamento correto, atuando como um grupo de auto-ajuda. Nós temos muitas dificuldades, mas o importante é lutar por melhorias e dignidade."
Tratamento e recomendações
• Uso de analgésicos e anti-inflamatórios associados a antidepressivos tricíclicos.
• Atividade física regular.
• Acompanhamento psicológico.
• Massagens e acupuntura.
• Evitar carregar pesos.
• Fugir de situações que aumentem o nível de estresse.
• Eliminar tudo o que possa perturbar o sono como luz, barulho, temperatura desagradável.
• Procurar posições confortáveis quando for permanecer sentado por muito tempo.
Fonte Diário Catarinense
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