Foto: Biomedical Communications/Un. of Arizona Medical Center Dr. Patick Boyle e Dr. Stuart Hameroff (sentado) durante testes com aparelho de ultrassom |
Estudo realizado por pesquisadores do University of Arizona Medical Center, nos EUA, mostrou que a estimulação transcraniana por ultrassom pode melhorar o humor dos pacientes.
Os resultados mostraram que as ondas de ultrassom podem aliviar a sensação de dor em pacientes que sofrem de dor crônica.
A equipe testou um dispositivo de ultrassom clínico, General Electric LOGIQe, com a sonda de ultrassom aplicada no couro cabeludo que recobre córtex temporal e frontal do cérebro.
Em ordem aleatória, cada participante recebeu duas exposições de 15 segundos de placebo e ultrassom de 8 megahertz.
Após a exposição, os participantes relataram (por escalas visuais analógicas) melhora significativa no humor ambos após 10 minutos e 40 minutos após a estimulação, mas não depois do placebo.
Em um estudo de acompanhamento, resultados preliminares mostraram que ultrassons de 2 megahertz (que atravessam o crânio mais facilmente) podem ser mais eficazes na melhora do humor em comparação com o de 8 megahertz TUS.
O mecanismo pelo qual o ultrassom pode afetar os estados mentais é desconhecido, mas a equipe sugere as ondas do ultrassom atuam pelo alongamento vibracional das membranas neuronais e / ou matriz extracelular.
Dois trabalhos recentes sugerem, no entanto, outra possibilidade. A equipe utilizou a nanotecnologia para estudar as propriedades condutoras de microtúbulos individuais, polímeros de proteínas de tubulina, proteína mais prevalente do cérebro.
Os principais componentes do citoesqueleto neuronal, os microtúbulos, crescem e alongam os neurônios, formando e regulando sinapses, que são interrompidas na doença de Alzheimer e, teoricamente, ligadas ao processamento de informação, codificação da memória e estados mentais.
A equipe descobriu que os microtúbulos têm notáveis propriedades condutoras eletrônicas quando excitados em determinadas frequências ressonantes específicas, por exemplo, na faixa de baixo megahertz, justamente a faixa da estimulação.
"Isto sugere que a estimulação transcraniana com ultrassom pode estimular a ressonância de megahertz naturais em microtúbulos cerebrais, melhorando não somente o humor e os estados mentais conscientes, mas talvez também funções de microtúbulos na plasticidade sináptica, crescimento do nervo e reparação", conclui o líder da pesquisa Stuart Hameroff.
A equipe planeja mais estudos da estimulação sobre traumatismo crânio-encefálico, doença de Alzheimer e distúrbios de estresse pós-traumático.
Fonte isaude.net
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