Foto: Justyna Furmanczyk / stock.xchng |
Um novo estudo realizado pela University College London (UCL)
descobriu que bebês que dormem 10 horas por dia ou menos comem mais do
que os que passam pelo menos 13 horas dormindo. E os que dormem menos
têm assim mais chances de ficarem acima do peso ideal.
Os pesquisadores acompanharam 1.303 famílias britânicas que
participavam do grupo de estudo Gemini. Foram observados gêmeos e os
fatores genéticos e ambientais que ajudam a determinar o peso precoce.
Eles estudaram os hábitos de sono das crianças de 16 meses e, em
seguida, examinaram a dieta quando completaram 21 meses. Os
pesquisadores descobriram que os que não dormiam muito consumiam um
décimo de calorias a mais que os bebês que dormiam. Eles também notaram
que o consumo maior de calorias colocava as crianças em risco de ficarem
obesas e sofrerem com outros problemas de saúde.
O motivo pelo qual as crianças que dormem menos consomem mais
calorias ainda não é certo, mas os pesquisadores acreditam que tenha a
ver com a regulação dos hormônios do apetite e com o fato de que um
padrão de sono mais curto possa interferir com esse processo.
— Sabemos que um padrão mais curto de sono na fase inicial da vida
aumenta o risco de obesidade, então queremos entender se as crianças que
dormem menos acabam consumindo mais calorias. Estudos anteriores
revelaram que adultos e crianças mais velhas que dormem menos acabam
comendo mais, mas, quando ainda bebês, são os pais que determinam quando
elas comem, o que leva a pensar que os bebês não mostram os mesmos
padrões — afirmou Abi Fisher, do centro de pesquisa de saúde e
comportamento da UCL.
Ela também notou que, embora um sono mais curto possa resultar em um
aumento no consumo de comida, mais pesquisas ainda são necessárias.
O estudo foi publicado no International Journal of Obesity. Um estudo
publicado em 2013 no jornal Pedriatrics que se concentrava em crianças
entre 8 e 11 anos, obteve resultados parecidos: elas comiam mais quando
dormiam menos, aumentando assim o risco de obesidade e outros problemas
de saúde.
Zero Hora
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