Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 26 de junho de 2014

Abstinência de opiáceos

http://www.saudemelhor.com/wp-content/uploads/2013/06/dependencia-e1371451261233.jpg
Foto: Reprodução
O que é Abstinência de opiáceos?
Sinônimos: Interrupção de opiáceos, síndrome de abstinência

A abstinência de opiáceos refere-se à ampla gama de sintomas que ocorrem após a descontinuação ou redução dramática de drogas opiáceas após o consumo intenso ou prolongado (muitas semanas ou mais).

As drogas opiáceas incluem a heroína, morfina, codeína, oxicodona, hidromorfona, metadona e outras.

Causas
Acredita-se que cerca de 9% da população faz uso incorreto de opiáceos no decorrer da sua vida, incluindo drogas ilícitas como a heroína e medicamentos analgésicos prescritos como a oxicodona.

Estas drogas podem causar dependência física. Isto significa que a pessoa conta com a droga para prevenir os sintomas da descontinuação. Com o tempo, quantidades maiores da droga tornam-se necessárias para produzir o mesmo efeito.

O tempo que leva para tornar-se fisicamente dependente varia para cada indivíduo.

Quando a pessoa descontinua o consumo da droga, o corpo precisa de tempo para recuperar-se e surgem os sintomas da abstinência. A abstinência de opiáceos ocorre quando um uso crônico é descontinuado ou reduzido.

Algumas pessoas têm abstinência de opiáceos após a administração destas drogas para dor enquanto estavam hospitalizadas, sem perceber que isto está acontecendo com elas. Elas acreditam que estão com gripe e, por não saberem que opiáceos poderiam consertar o problema, elas não desejam as drogas.

Exames
Frequentemente, o seu médico diagnosticará a abstinência de opiáceos após realizar um exame físico e algumas perguntas sobre o histórico médico e o uso de drogas.

Exames de sangue e urina para vestígios de drogas podem confirmar o uso de opiáceos.

Mais sobre Abstinência de opiáceos
Consulte o seu médico se você estiver utilizando ou descontinuando opiáceos. 

Sintomas de Abstinência de opiáceos

Os sintomas iniciais da abstinência incluem: 

- Agitação
- Ansiedade
- Dores musculares
- Fúria elevada
- Insônia
- Nariz escorrendo
- Sudorese
- Bocejos

Os sintomas tardios da abstinência incluem: 

- Cólicas abdominais
- Diarreia
- Pupilas dilatadas
- Calafrios
- Náusea
- Vômitos

As reações da abstinência de opiáceos são muito desconfortáveis, mas não reapresenta ameaça de vida. Os sintomas normalmente começam 12 horas após o último uso de heroína e após 30 horas da última exposição à metadona.

Tratamento de Abstinência de opiáceos
O tratamento envolve cuidados de apoio e medicamentos. O medicamento mais utilizado, a clonidina, inicialmente reduz a ansiedade, agitação, dores musculares, sudorese, nariz escorrendo e cólicas. 

Outros medicamentos podem tratar vômitos e diarreia. 

A buprenorfina (Subutex) tem mostrado ser melhor que outros medicamentos para tratamento de abstinência de opiáceos e pode encurtar do tempo de desintoxicação. Também pode ser utilizada para manutenção em longo prazo como a metadona. 

Pessoas em abstinência de metadona podem ser inseridas na manutenção em longo prazo. Isto envolve a diminuição lenta da dosagem de metadona com o passar do tempo. Isto ajuda a reduzir a intensidade dos sintomas de abstinência. 

Alguns programas de tratamento de drogas fizeram amplas campanhas de um tratamento para abstinência de opiáceos chamado desintoxicação com anestesia ou desintoxicação de opiáceos rápida. Estes programas envolvem anestesiá-lo e injetar grandes doses de medicamentos bloqueadores de opiáceos, com expectativas de que isto acelere o retorno do corpo à função normal do sistema opioide. 

Não há evidências de que este programa realmente reduz o tempo da abstinência. Em alguns casos, eles podem reduzir a intensidade dos sintomas. Entretanto, ocorreram diversas mortes associadas com os procedimentos, especialmente quando não é feito em um hospital. 

Já que a abstinência de opiáceos causa vômitos, e vômitos durante a anestesia aumenta significativamente o risco de morte, muitos especialista acreditam que os riscos deste procedimento sobrepõem-se significativamente aos benefícios potenciais (e não provados). 

Expectativas
A abstinência de opiáceos é dolorosa, mas normalmente não representa ameaça de vida.

Complicações possíveis
As complicações incluem vômitos e a respiração do conteúdo estomacal para os pulmões. Isto é chamado de aspiração e pode causar infecção pulmonar. Vômitos e diarreia podem causar desidratação e alterações químicas e minerais (eletrólitos) no corpo. 

A maior complicação é o retorno ao uso de drogas. A maior parte das mortes por overdoses de opiáceos ocorre em pessoas que tiveram uma recente descontinuação ou desintoxicação. Já que a descontinuação reduz a tolerância à droga, quem acabou de passar por uma descontinuação pode ter overdoses com uma quantidade muito menor do que a quantidade que costumavam usar. 

Tratamentos em longo prazo são recomendados para a maioria das pessoas após a descontinuação. Isto pode incluir grupos de auto-ajuda, como os Narcóticos Anônimos, aconselhamento ao paciente de ambulatório, tratamento intensivo ao paciente de ambulatório (hospitalização diária) ou tratamento hospitalizado. 

Aqueles que descontinuam opiáceos devem ser examinados para verificar a ocorrência de depressão e outras doenças mentais. Um tratamento adequado destes transtornos podem reduzir o risco de recaídas. Medicamentos antidepressivos NÃO devem ser administrados se presumir-se que a depressão está apenas relacionada à abstinência e não é uma condição pré-existente. 

Os objetivos do tratamento devem ser discutidos com o paciente, bem como as recomendações de cuidado. Se uma pessoa continua repetidamente em abstinência, a manutenção de metadona é fortemente recomendada.

Fontes e referências: 
Doyon S. Opiods. In: Tintinalli JE, Kelen GD, Stapczynski JS, Ma OJ, Cline DM, eds. Emergency Medicine: A Comprehensive Study Guide. 6th ed. New York, NY: McGraw-Hill; 2004:chap 167. 

Minha Vida

Nenhum comentário:

Postar um comentário