Nogueira (primeiro à esquerda, de frente, ao lado de Aloysio Achutti) em ação: domínio e habilidade para salvar vidas Foto: Bôrtolo Achutti / Divulgação |
Médico foi inovador no uso da circulação extracorpórea no RS
A fase moderna da cirurgia cardíaca teve início com o advento da circulação extracorpórea. Essa tecnologia, realizada de forma pioneira no Rio Grande do Sul em 1962 pelo cardiologista mineiro Cid Nogueira — que faleceu em Brasilia na última semana, aos 82 anos — permitiu aos cirurgiões parar o coração, incisar suas paredes, examinar detalhadamente o seu interior e corrigir as lesões existentes sob visão direta.
A circulação extracorpórea, em um sentido mais amplo, compreende o conjunto de máquinas, aparelhos, circuitos e técnicas mediante as quais se substituem temporariamente, as funções do coração e dos pulmões, enquanto esses órgãos ficam excluídos da circulação. As funções de bombeamento do coração são desempenhadas por uma bomba mecânica e as funções dos pulmões são substituídas por um aparelho capaz de realizar as trocas gasosas com o sangue. Um número de tubos plásticos une os diversos componentes desse sistema entre si e ao paciente, constituindo a porção extracorpórea da circulação. A oxigenação do sangue, o seu bombeamento e circulação, são feitas externamente ao organismo do indivíduo.
— Na época em que fizemos esta operação, ainda na década de 60, não tínhamos a máquina disponível, então pedimos para um profissional “faz-tudo” que providenciasse o desenvolvimento deste equipamento, essencial para manter o coração oxigenando durante a operação. E para ter certeza que tudo daria certo, treinávamos em cães — lembra o cardiologista Aloysio Achutti, integrante da equipe do Instituto de Cardiologia que realizou a cirurgia, ao lado do então doutorando Ivo Nesralla e dos cardiologistas José Félix Garcia e João Batista Pereira, além do anestesista Lafayete de Freitas Brandão.
Aos 79 anos, Achutti — que realizou mais de mil cirurgias com Nogueira — lembra da dificuldade que era realizar procedimentos sem recursos tecnológicos.
— Precisávamos de 18 a 20 doadores para uma cirurgia complexa de coração. O oxigenador que tínhamos, por exemplo, usava tanto sangue que tivemos que montar nosso próprio banco na universidade para conseguir doadores trazidos pelas famílias e de soldados do exército. Fazíamos de tudo numa equipe que necessitava ser altamente versátil — ressalta o cardiologista, afirmando que “acima de tudo, éramos apaixonados pelo que fazíamos”.
A circulação extracorpórea, em um sentido mais amplo, compreende o conjunto de máquinas, aparelhos, circuitos e técnicas mediante as quais se substituem temporariamente, as funções do coração e dos pulmões, enquanto esses órgãos ficam excluídos da circulação. As funções de bombeamento do coração são desempenhadas por uma bomba mecânica e as funções dos pulmões são substituídas por um aparelho capaz de realizar as trocas gasosas com o sangue. Um número de tubos plásticos une os diversos componentes desse sistema entre si e ao paciente, constituindo a porção extracorpórea da circulação. A oxigenação do sangue, o seu bombeamento e circulação, são feitas externamente ao organismo do indivíduo.
— Na época em que fizemos esta operação, ainda na década de 60, não tínhamos a máquina disponível, então pedimos para um profissional “faz-tudo” que providenciasse o desenvolvimento deste equipamento, essencial para manter o coração oxigenando durante a operação. E para ter certeza que tudo daria certo, treinávamos em cães — lembra o cardiologista Aloysio Achutti, integrante da equipe do Instituto de Cardiologia que realizou a cirurgia, ao lado do então doutorando Ivo Nesralla e dos cardiologistas José Félix Garcia e João Batista Pereira, além do anestesista Lafayete de Freitas Brandão.
Aos 79 anos, Achutti — que realizou mais de mil cirurgias com Nogueira — lembra da dificuldade que era realizar procedimentos sem recursos tecnológicos.
— Precisávamos de 18 a 20 doadores para uma cirurgia complexa de coração. O oxigenador que tínhamos, por exemplo, usava tanto sangue que tivemos que montar nosso próprio banco na universidade para conseguir doadores trazidos pelas famílias e de soldados do exército. Fazíamos de tudo numa equipe que necessitava ser altamente versátil — ressalta o cardiologista, afirmando que “acima de tudo, éramos apaixonados pelo que fazíamos”.
Fonte Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário