De lembretes de medicação até sensores corporais. As soluções móveis se tornarão uma parte vital de nossas vidas e serviços de empresas. Previsõs apontam que esse mercado alcance US$ 4,6 bi até 2014
Quase todo dia achamos mais maneiras de usar smartphones para continuar em contato, achar lugares, jogar e comparar e comprar produtos. Ainda assim, dentro de três a cinco anos outras formas de utilizações de telefones levarão maiores mudanças de vida para muitos. Nossa saúde pode literalmente estar em nossas mãos. Além disso, mais CIOs se envolverão no que parece ser a próxima grande oportunidade de receita móvel: a saúde móvel.
Essas são algumas das descobertas de recente pesquisa Open Mobile com 250 executivos seniores de tecnologia móvel. Vários fatores tornam essa conclusão óbvia. A tecnologia móvel permite que pacientes fiquem com contato mais próximo e menos custoso com o profissional médico ou com sistemas de monitoramento remoto. Desde lembretes de medicações até sensores de corpo que permitem que os cuidadores forneçam diagnóstico mais rápido e preciso. As soluções móveis de saúde se tornarão uma parte mais vital de novas vidas e o serviço de muitas organizações.
A adoção de tecnologias móveis de saúde pode coincidir com a adoção do registro eletrônico de saúde (EHR), e pode acontecer mais rápido, especialmente se houver colaboração proativa entre provedores de saúde, telecomunicação e aplicativos.
Cerca de um em cada dois adultos tem um problema crônico de saúde. O gerenciamento de doenças crônicas conta por mais de 80% do total de despesas de saúde. Condições crônicas causam sete de cada dez mortes nos Estados Unidos. As três principais – câncer, acidente vascular cerebral e doença cardíaca – contam com mais da metade das mortes.
Estudos recentes mostram que o monitoramento remoto do paciente em tais condições pode salvar vidas e baixar custos. Um programa piloto de monitoramento remoto de paciente para insuficiência cardíaca congestiva (ICC) apresentou apenas 6% da taxa de readmissão hospitalar em comparação com a média nacional dos EUA, que é de 47%. Isso representa um grande benefício, levando em consideração que o ICC conta com 27% dos pacientes Medicare que voltam aos hospitais dentro de 30 dias. Outros estudos pilotos usando a saúde móvel mostraram 72% de redução na média do número de visitas ao departamento de emergência, e 65% de redução em admissões em hospitais de uma forma geral.
Outros fatores estão acelerando a adoção de soluções móveis e sem fio. Os custos em saúde nos Estados Unidos são maiores do que qualquer outra nação desenvolvida, prejudicando os indivíduos, a indústria e os empregadores que oferecem cobertura. Os executivos exigem melhor cuidado, ainda assim há uma escassez crônicas de médicos, especialmente em áreas especializadas como a geriatria.
Nesse meio tempo, mais e mais pessoas transformam os telefones móveis e tablets numa parte de seu cotidiano. Consumidores americanos de todas as idades questionados em uma recente pesquisa sobre se gostariam de dispositivos de automonitoramento que remotamente enviam informações para seus pacientes, 61% responderam que sim. Quando questionados se gostariam de usar PDAs ou smartphones para acessarem seus registros médicos e outras informações de saúde, a resposta variou conforme a idade: apenas 27% dos mais velhos se mostram interessados e 72% da geração Y (nascidos entre 1981 e 1992) responderam estar de alguma forma inclinados a utilizar se tivessem a oportunidade.
Conforme as pessoas passam a se informar, ficam mais proativas e também ficam mais acostumadas com a onipresença móvel para opções de prevenção e tratamento. Esperem ver mais aplicativos customizados para agendamentos de consultas, alertas de saúde, retorno e comparações de tratamentos. Os exemplos recentes incluem:
- Alta para pacientes usando dispositivos móveis para visualizar o plano de saúde e os exames laboratoriais;
- Grávidas usando telefones móveis para conseguirem informações personalizadas de seu provedores de saúde; e
- Viciados em drogas em recuperação usando seus smartphones ou tablets para conversarem com seus padrinhos quando estiverem vulneráveis, registrar seu progresso ou entrar em contato com centro de tratamento.
Valor móvel
Os analistas preveem que esse mercado alcance cerca de US$ 4,6 bilhões no começo de 2014. Algumas organizações médicas e científicas já forjam alianças. O consórcio Open mHealth, por exemplo, está criando um ecossistema para avançar a tecnologia. A Continua Health Alliance trabalha em soluções de interoperabilidade. Tais colaborações estimulam a inovação, mais competidores se envolvem tanto em criar quando vender plataformas ou com a obrigatoriedade das normas de saúde de melhor cuidado a menor custo que essas soluções podem proporcionar.
Ainda assim, a inovação de saúde ganhará espaço quando dois obstáculos forem transpostos.
Primeiro, maiores testes devem ser conduzidos para avaliar o nível de melhoria de cuidado economia. Os experimentos globais com apoio da mHealth Alliance e outros podem acelerar esse estudo.
Segundo, os diversos competidores em campo – especialmente organizadores de saúde, fornecedores de telecomunicação e desenvolvedores de apps – devem trabalhar juntos em mandatos legais e restrições, integração de sistemas e pesquisas centradas no paciente para baixar os custos.
Conforme mais competidores forem convencidos das melhorias que a saúde móvel pode trazer, o mercado crescerá mais rápido e o preço baixará. Não é uma questão de se, e sim quando.
Fonte: InformationWeek EUA | Eric Openshaw e Phil Asmundson
Por SaudeWeb
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