A mamografia feita a cada dois anos por mulheres de 40 a 49 anos traz mais benefícios do que malefícios -- isso se essas mulheres tiverem maior risco de desenvolver câncer de mama.
A conclusão é de três grupos de pesquisa diferentes dos Estados Unidos. O estudo foi publicado na revista "Annals of Internal Medicine".
Mulheres com seios muito densos (13% das mulheres nessa idade) ou que têm um parente próximo com histórico de câncer de mama (9%) têm mais chance de desenvolver a doença.
A maioria dos países europeus, os EUA e o Brasil recomendam a mamografia a cada dois anos para mulheres acima de 50 anos.
Esse protocolo já tem sido criticado por alguns especialistas, que reclamam de superdiagnóstico.
Em excesso
Um estudo da Universidade de Harvard publicado em abril na mesma revista mostrou que 25% das mulheres que recebem diagnóstico de câncer pela mamografia não desenvolveriam a doença e são submetidas a tratamentos sem necessidade.
De acordo com a pesquisa, o exame evita a morte de uma em cada 2.500 mulheres que o realizam. Mas, por outro lado, submete de seis a dez delas a tratamento desnecessário contra câncer.
O estudo publicado agora sugere que a mamografia feita a cada dois anos comece ainda mais cedo, aos 40 anos, se a mulher apresentar mais risco de desenvolver câncer.
Nesses casos, afirmam os autores, a mamografia traria mais benefícios (como aumento da chance de cura) do que problemas causados por superdiagnóstico.
O estudo conclui também que se a mamografia for anual para mulheres de 40 a 49 anos, e não a cada dois anos, o risco de malefícios, como tratamento desnecessário, aumenta. Mamografias digitais, que têm melhor resolução, também trazem mais chance de diagnóstico exagerado.
Fonte Folhaonline
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