Objetivo é fabricar em escala industrial o sal do ácido clavulânico, um tipo de antibiótico produzido apenas em Portugal e Japão
Estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) contribui para o desenvolvimento de técnicas de obtenção do ácido clavulânico, um tipo de antibiótico atualmente produzido apenas em dois países: Portugal e Japão. O ácido galvânico tem particular importância na ação protetora que exerce sobre outro antibiótico mais potente, a amoxilina, protegendo-a do ataque de bactérias.
O mecanismo que permite " enganar" bactérias leva à potencialização da eficiência de um antibiótico como a amoxilina e tem sido utilizado para enfrentar o aumento crescente da resistência desses micro-organismos.
Embora o trabalho desenvolvido na Unicamp atenha-se à purificação e principalmente à concentração do ácido clavulânico, um projeto mais amplo parte da escolha de cepas (micro-organismos) mais adequadas; da definição do melhor meio de produção dessa substância; além de tratar de sua purificação, concentração e liofilização, um processo de secagem a vácuo, a baixas temperaturas, usado para obtenção do produto na forma sólida.
Sal de potássio
Na verdade, o antibiótico utilizado corresponde ao sal de potássio derivado do ácido clavulânico. Então, esse ácido produzido por microorganismos é transformado no respectivo sal, o clavulanato de potássio, que tem estrutura mais estável e é comercializado, em mistura com a amoxilina, na forma de comprimidos. O clavulanato protege a amoxilina da ação das bactérias que tenderiam a destruí-la para que ela possa atuar com mais eficiência, embora ele também apresente ação antibiótica.
Tecnologia nacional
A responsável pela pesquisa, a engenheira de alimentos Andrea Limoeiro Carvalho, considera que o trabalho desenvolvido na Unicamp e as pesquisas envolvendo produção do ácido, obtenção do sal correspondente e sua cristalização, etapas estas estudadas na UFSCar e na Unesp, contribuirão para o desenvolvimento futuro de um processo que permitirá a fabricação do produto no Brasil. Andrea lembra que o projeto temático estendeu-se por dez anos, centrado na UFSCar, mas existem ainda algumas pesquisas sendo finalizadas com vistas ao desenvolvimento de uma tecnologia brasileira.
Fonte isaude.net
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