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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cientistas encontram ligação genética entre catarata e doença de Alzheimer

Estudo fornece evidências que sugerem que as doenças, ambas associadas com o envelhecimento, podem partilhar causas em comum

Pesquisadores da Universidade de Boston, nos EUA, identificaram um gene que liga a catarata relacionada à idade com a doença de Alzheimer.

Os resultados contribuem para o crescente corpo de evidências que sugerem que as duas doenças, associadas com o envelhecimento, podem partilhar causas em comum.

Gyungah Jun e seus colegas avaliaram exames de ressonância magnética do cérebro 10 anos depois que os participantes realizaram um exame de vista e concluíram que houve uma correlação significativa entre uma medida quantitativa da catarata e medidas de degeneração cerebral relacionadas ao Alzheimer.

Os resultados também mostraram outra relação nos mesmos indivíduos, entre a formação de catarata e um pior desempenho em vários testes cognitivos administrados no momento do exame de ressonância magnética, que apoiam a associação.

Como essa ligação não varia por idade ou sexo, os pesquisadores realizaram um estudo de associação do genoma olhando para quase 190 mil polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs), ou variações da sequência do DNA.

Eles descobriram então três SNPs no gene que codifica d-catenina. Esta proteína é um componente fundamental na adesão celular e formação de estruturas celulares. Anteriormente, d-catenina também foi implicada no desenvolvimento do cérebro e do olho, mas não diretamente em cataratas ou na doença de Alzheimer.

Para estabelecer uma ligação mais direta da d-catenina com a doença de Alzheimer, os pesquisadores injetaram d-catenina mutantes em células neuronais e observaram um aumento significativo na forma tóxica da proteína beta-amiloide, que forma os agregados nos cérebros com Alzheimer e parece ser essencial para o desenvolvimento do distúrbio.

Além disso, os investigadores encontraram depósitos maiores de d-catenina em tecidos da lente obtidos de autópsias confirmadas de casos de Alzheimer, mas não em indivíduos que não tinham a doença neurológica.

"Ainda há muito trabalho a ser feito. Este estudo dá esperança de que estamos nos movendo em direção a um diagnóstico precoce e novos alvos para tratamento desta doença debilitante", concluem os autores.

Fonte isaude.net

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