Os latino-americanos ganharam quatro anos em expectativa de vida na década de 2000 graças a uma redução de 11% na mortalidade, mas os benefícios não foram iguais para todos os grupos sociais, revelou nesta segunda-feira um relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS).
A média de idade dos latino-americanos era de 76,2 anos em 2010, quando em 2000 era de 72,2 anos. Entre 2000 e 2009, o número de pessoas com idades acima de 60 anos aumentou de 92 milhões para quase 120 milhões, mas a mortalidade caiu, graças a um acesso maior à saúde pública.
Mas a região continua sendo a mais desigual do planeta.
"Se quisermos ter uma expectativa de vida maior e uma qualidade de vida melhor, é essencial lutar incansavelmente pela igualdade na saúde pública", explicou no relatório a diretora da organização, a argentina Mirta Roses.
Após cinco anos à frente da OPS, Roses conclui seu mandato em dezembro deste ano.
Os 35 países membros da OPS abriram nesta semana uma assemblea ministerial em Washington para eleger seu substituto e para examinar os desafios a médio prazo na região, como a Aids ou os focos de doenças desaparecidas na região, como a cólera no Haiti após o terremoto de 2010.
Ao mesmo tempo em que melhora o nível de saúde, persistem desafios como as doenças não-transmissíveis, como a diabetes ou a obesidade.
As mortes por armas de fogo, os acidentes de trânsito, as carências na região relacionadas às doenças mentais também são desafios para o futuro, considerou Roses em seu relatório.
A OPS completa 110 anos de existência em 2012, e é a organização internacional de saúde mais antiga do planeta.
Fonte R7
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