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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Tipos distintos de medo percorrem caminhos diferentes no cérebro

Estudo brasileiro, destaque na Nature, pode levar a compreensão sobre problemas como síndrome do pânico e estresse pós-traumático

Estudos realizados por pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos mostram que, ao contrário do que se pensava anteriormente, tipos distintos de medo - como o medo de estímulos dolorosos, o medo de predadores naturais e o medo de membros agressivos da mesma espécie - são processados em circuitos neurais independentes entre si, percorrendo caminhos diferentes no cérebro. Os experimentos ganharam destaque na capa da revista Nature Reviews Neuroscience de setembro.

Além de distinguir as vias neurais de processamento dos " medos instintivos" e de diferentes tipos de " medos aprendidos" -, os pesquisadores também descobriram que esses mecanismos podem se reproduzir também em seres humanos. Com isso, os estudos poderão contribuir para uma melhor compreensão sobre problemas como síndrome do pânico e estresse pós-traumático.

" Um dos pontos importantes destacados no artigo foi a descoberta de que, em roedores, o circuito relacionado ao medo causado por ameaça de um predador natural pode ser o mesmo circuito acionado em seres humanos quando eles enfrentam ameaças à própria vida", informa o coordenador do estudo Newton Canteras. Pesquisas realizadas em ratos no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) se basearam na indução nos animais de estímulos de " medos instintivos" , que se caracterizam como um mecanismo de sobrevivência, e de " medos aprendidos" , que são culturais e adquiridos ao longo da vida.

De acordo com Canteras, quando o tema começou a ser estudado por seu grupo, por volta de 1995, predominava na comunidade científica uma teoria unitária de organização das respostas de medo no sistema nervoso.

Segundo ele, as descobertas foram consideradas importantes porque uma série de patologias humanas derivam do medo - como a ansiedade, a síndrome do pânico e o estresse pós-traumático. "Esse achado poderá nos ajudar a entender situações como o estresse pós-traumático" , disse.
 
Com informações da Fapesp
 
 
 
Fonte isaude.net

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