Apesar de integrar a categoria de arma não letal, o taser pode matar |
No dia 18 de março, o estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, morreu após receber 14 disparos de uma arma taser em Sydney, na Austrália. A história ganhou grande repercussão na imprensa e levanta a questão se os disparos de choque podem matar.
Apesar de o taser integrar a categoria de arma não letal, o cardiologista Dr. Sérgio Timerman, diretor do Laboratório de Treinamento em Emergências Cardiovasculares do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), discorda:
— São armas menos letais, mas se mal utilizadas podem matar.
De acordo com o médico, sua descarga elétrica tem potencial para paralisar o sistema neuromuscular bloqueando os sinais que o cérebro transmite para o corpo. Dessa forma, a pessoa atingida fica imobilizada por cinco segundos e cai no chão.
— Apesar de não ser possível dizer quantos choques o organismo aguenta, vale ressaltar que esta descarga elétrica pode causar mais problemas em uma pessoa drogada, alcoolizada ou com doença cardíaca do que em um cidadão saudável.
O Dr. Timerman acrescenta que até o momento não há comprovação científica dos danos causados diretamente ao coração, mas “sabe-se que o choque pode desencadear prejuízos, inclusive fatais, para um coração já doente”.
Ele avisa que os disparos jamais devem ser mirados no rosto, pescoço e tórax, exatamente por serem locais mais sensíveis. Se houver necessidade, a recomendação é que as ondas eletromagnéticas atinjam o dorso, as pernas ou o abdome.
— Além das queimaduras que o choque pode causar na pele, se ele atingir os olhos pode cegar o “infrator”. Sem falar nos ferimentos da própria queda.
Fonte R7
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