Dor de cabeça, náuseas, vômitos, dores no corpo, mal-estar estão entre os principais sintomas |
A meningite é uma inflamação nas membranas que revestem o cérebro e a medula
espinhal, geralmente causada por infecção. Os tipos principais são a meningite
viral (a mais comum) e a meningite bacteriana (menos comum).
A meningite viral é causada geralmente por vírus intestinais, que provocam
diarreia. Esse tipo é mais leve e o paciente melhora sozinho em poucas semanas.
Não precisa, de modo geral, de antibióticos e de internação. Não é fatal e não
costuma deixar sequelas.
Já a meningite bacteriana é grave, apesar de ser mais rara. Pode ser causada
por diversas bactérias que tem o poder de chegar nas meninges, mas atualmente
duas delas são as mais importantes: o pneumoco, causador também de sinusite e
pneumonia, e o meningococo. O quadro é agudo e dramático, configura uma
emergência médica. Exige internação imediata (geralmente em UTI), isolamento
respiratório para evitar contagio de outras pessoas, antibiótico imediato.
— É um quadro com risco de vida e sequelas, mas tratado a tempo e
incisivamente pode ter evolução também satisfatória — explica o neurologista
Leandro Telles.
Os sintomas principais são: dor de cabeça (geralmente constante e difusa),
náuseas e vômitos, sinais gerais de infecção, como febre, calafrios, dores no
corpo, mal-estar. No caso da meningite bacteriana, mais grave, o paciente pode
ficar sonolento, confuso e surgir leões avermelhadas na pele.
O tratamento depende do tipo. Na meningite viral, usa-se medicação para os
sintomas de febre, dor e náuseas. O paciente deve ficar em repouso e se recupera
sem necessidade de antibiótico ou de internação. Na meningite por bactérias, o
antibiótico deve ser dado rapidamente e na veia, o paciente fica internado em
UTI para receber cuidados intensivos.
A transmissão da meningite viral ocorre por contado com pessoas portadores do
vírus (secreções orais), alimentos, água e mesmo utensílios contaminados. No
caso da bacteriana, o principal meio de contágio é o contato com pacientes
doentes ou mesmo portadores assintomáticos da bactéria. Ele reside na cavidade
oral e passa de pessoa para pessoa por gotículas expelidas durante a respiração
e tosse. Importe frisar que não basta ter contato com o vírus ou a bactéria, é
preciso que haja uma predisposição imunológica para que o contato se manifeste
como uma meningite.
A prevenção é feita com medidas gerais, como lavar as mãos, alimentar-se bem,
evitar contato com secreção oral de pacientes com infecções virais ou
bacterianas sem tratamento. Outra recomendação é a vacinação, disponível para o
Pneumococo, Haemófilos e para o Meningococo tipo C.
Fonte Zero Hora
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