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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pesquisa mostra como a atenção colabora para a memória

Estudo realizado por uma equipe de neurocientistas do Instituto de Tecnologia de Massachussets, nos EUA, lança luz sobre um circuito neural que nos torna propensos a lembrar o que nós estamos vendo quando nossos cérebros estão em um estado de atenção.
 
Após cinco anos de pesquisas voltadas para descobrir a função dos astrócitos – células em formato de estrela responsáveis pela sustentação e a nutrição dos neurônios – a equipe descobriu que elas estão envolvidas neste circuito, transmitindo mensagens de alerta aos neurônios do córtex visual, fazendo com que eles respondam imediatamente a qualquer informação visual que estejam recebendo.
 
Segundo os autores, os resultados deste estudo ratificam um crescente número de pesquisas que sugerem que os astrócitos tem relação crítica no processamento das informações sensoriais.
 
Atenção fortalece resposta
Neste estudo, os pesquisadores tiveram foco sobre o que os astrócitos fazem quando o cérebro é estimulado a prestar atenção a um determinado estímulo visual. Quando alguém está prestando atenção a alguma coisa, o núcleo basal – uma estrutura localizada no interior do cérebro, atrás dos olhos, responsável pelo controle motor, cognição, emoções e aprendizado – inunda o cérebro com um neurotransmissor chamado acetilcolina. Algumas destas acetilcolinas tem como alvo os astrócitos do córtex visual.
 
Para explorar como astrócitos reagem a este estímulo, os pesquisadores mediram o que aconteceu no córtex visual de modelos animais quando eles viram vários 16 padrões compostos de linhas paralelas orientados em direções diferentes. Eles escolheram um destes padrões e, antes de mostrar aos ratos, eles estimularam o núcleo basal para que fosse liberado acetilcolina ao mesmo tempo. Quando os ratos foram expostos aos padrões novamente, poucos minutos depois, aquele que foi apresentado junto com estímulo acetilcolina provocou uma resposta muito mais forte nos neurônios do córtex visual do que os outros.
 
Os pesquisadores, então, fizeram o mesmo teste em ratos geneticamente modificados para a desativação dos astrócitos. Nestes animais a acetilcolina liberada pelo núcleo basal não reforçou a resposta dos neurônios aos estímulos visuais.
 
“Se você está prestando atenção em alguma coisa, isto provoca uma liberação de acetilcolina que leva a uma memória de longa duração deste estímulo. Se você remover os astrócitos, isso não acontece,” concluem os autores.
 
Futuramente a equipe planeja investigar como os atrócitos são afetados pela doença de Alzheimer. O estudo foi publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
 
Fonte  O que eu tenho

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