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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Médicos criam associação para defender prática do antienvelhecimento

Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia, Ítalo Rachid, diz que existem pontos da resolução do CFM que estão corretos. Porém, outros incompatíveis com a própria fisiologia humana
 
Durante o II Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine (WOSAAM) foi oficialmente lançada a Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia (Sobraf). Uma das primeiras atribuições da entidade é reiterar e esclarecer alguns aspectos da nova resolução do Conselho Federal de Medicinaque condena a prática do anti-aging (antienvelhecimento) no Brasil.
 
De acordo com o médico ginecologista Ítalo Rachid, que ocupará o cargo de presidente da Sobraf, existem pontos da resolução que estão corretos e corroboram as boas práticas médicas. Porém, outros são incompatíveis com a própria fisiologia humana. “Ao proibir ‘a prescrição de tratamentos baseados na reposição, suplementação ou modulação hormonal para prevenir a perda funcional da velhice, doenças crônicas e promover o envelhecimento saudável, o CFM não apenas atinge os médicos que praticam anti-aging, mas também especialidades que se utilizam dos hormônios para a redução das comorbidades do envelhecimento.
 
É o caso dos ginecologistas, que repõem o estradiol na menopausa para prevenir a perda de massa óssea, melhorar a lubrificação vaginal e a sexualidade feminina; andrologistas e urologistas, que prescrevem testosterona, largamente utilizada em todo mundo para melhoria da composição corporal, redução do percentual de gordura e melhoria da insulina, uma vez que nenhuma dessas são doenças, mas condições clínicas que podem levar a doenças”. Para ele, os esforços da Sobraf visam também a salvaguardar o direito dos médicos de optarem livremente pela utilização de um modelo de medicina preventiva, desde que amparados por fundamentação científica e prática clínica direta na área.
 
Diferentes conceitos
O geriatra Jorge Jamili, que assumirá o cargo de vice-presidente da entidade, ressaltou que a resolução do CFM levantou uma questão de interpretação sobre o anti-aging que certamente irá confundir a extensão das novas proibições impostas. “As práticas anti-aging são adotadas para promover o envelhecimento saudável, não barrá-lo”, disse.
 
Para ele, hormônios são importantes e devem ter seus protocolos seguidos. “Nós, que lidamos com a longevidade saudável, defendemos isso; até porque nossas práticas não se resumem apenas à prescrição de hormônios, mas a todo um tratamento, cuja evolução é acompanhada e os resultados aferidos para garantir bem estar aos pacientes. Um modelo que conjuga também alimentação saudável, prática regular de atividade física e controle do estresse. E nenhuma delas envolve o uso de EDTA, procaína ou megadoses de vitaminas e antioxidantes”, complementou.
 
O advogado Valter Carretas, que representa a Sobraf, afirma: “lançaremos mão de instrumentos judiciais para garantir que nossos médicos associados possam atuar de acordo com seus direitos de praticar livremente a medicina, em benefício da saúde humana.”
 
Fonte SaudeWeb

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