Rio de Janeiro – O Ministério Público Estadual (MP) deve receber hoje (23)
um relatório do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) com
denúncia sobre a situação Posto de Atendimento Médico (PAM) do município de São
João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde Palmerina Pires Ribeiro, 80 anos de
idade, morreu após ter recebido café com leite na veia, aplicada pela estagiária
Rejane Telles, 23 anos. Era o terceiro plantão de Rejane no PAM de São João de
Meriti.
Domingo (21), técnicos do Coren-RJ
fizeram uma vistoria no local e verificaram a existência de irregularidades.
Durante a visita, a equipe constatou no plantão apenas uma enfermeira e nove
técnicos de enfermagem para atender cerca de 70 leitos, além dos pacientes do
setor de emergência.
De acordo o presidente do Coren-RJ,
Pedro de Jesus Silva, os problemas administrativos da unidade estão ligados à
ocorrência de erros. “A gestão não está fazendo valer o que determina a
Constituição Federal. Saúde é direito de todos e é dever do Estado. O quadro de
enfermagem tem que dar atenção integral à população, algo impossível de ser
feito com o quantitativo mínimo hoje existente naquele posto. O esvaziamento da
enfermagem do local é um crime contra a comunidade”, disse.
Silva também declarou que o conselho ainda não conseguiu fazer uma apuração
definitiva do caso para iniciar a sindicância devido à falta de documentação,
como o prontuário do paciente e o livro de ordens e ocorrências. O acesso aos
documentos foi negado pela Secretaria de Saúde de São João de Meriti. Em função
disso, o Coren-RJ entrou na Justiça com uma ação civil pública contra a
secretaria, ajuizada na 4ª Vara Federal no município.
Fonte Agência Brasil
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