
Também conhecida como Doença hemorrágica hereditária ou
adquirida, a hemofilia é caracterizada pela ausência de várias proteínas no
sangue responsáveis pelo processo de coagulação, e se manifesta em homens, sendo
as mulheres portadoras do gene defeituoso responsável pela transmissão
hereditária.
O tratamento para a doença, independente de sua gravidade, é
feito pela reposição do fator VIII (concentrados de fatores de coagulação do
sangue). A técnica desenvolvida na USP trata-se do fator VIII recombinante
(rhFVIII), produzido por meio de engenharia genética a base de células
humanas.
Existem dois métodos para se obter o fator VIII de coagulação
que é utilizado no tratamento da hemofilia: através do plasma humano, ou por
engenharia genética. Atualmente, o Brasil importa da França medicamentos para a
doença.
No país, o tratamento feito atualmente utiliza os fatores VIII
e IX purificados a partir do plasma de pessoas normais. Segundo os
pesquisadores, a técnica é considerada inadequada, pois não exclui o risco de
infecções e demanda uma grande quantidade de plasma de doadores sanguíneos
normais.
O coordenador do estudo, professor Dimas Tadeu Covas, da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), diz que a produção do
rhFVIII será capaz de suprir a demanda necessária para garantir a qualidade de
vida dos pacientes e conter os sangramentos, passando o país de importador de
concentrados plasmáticos para exportador do produto.
Fonte: Agência USP, 26 de outubro de 2012
Por Boa Saúde
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