Técnica desenvolvida no Centro de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão
Preto, da Universidade de São Paulo, vai ajudar pacientes com hemofilia tipo A.
No Brasil, cerca de nove mil pessoas sofrem com o problema, que é de ordem
genético-hereditária e se caracteriza pela desordem no mecanismo de coagulação
do sangue, com uma deficiência do fator VIII.
Também conhecida como Doença hemorrágica hereditária ou
adquirida, a hemofilia é caracterizada pela ausência de várias proteínas no
sangue responsáveis pelo processo de coagulação, e se manifesta em homens, sendo
as mulheres portadoras do gene defeituoso responsável pela transmissão
hereditária.
O tratamento para a doença, independente de sua gravidade, é
feito pela reposição do fator VIII (concentrados de fatores de coagulação do
sangue). A técnica desenvolvida na USP trata-se do fator VIII recombinante
(rhFVIII), produzido por meio de engenharia genética a base de células
humanas.
Existem dois métodos para se obter o fator VIII de coagulação
que é utilizado no tratamento da hemofilia: através do plasma humano, ou por
engenharia genética. Atualmente, o Brasil importa da França medicamentos para a
doença.
No país, o tratamento feito atualmente utiliza os fatores VIII
e IX purificados a partir do plasma de pessoas normais. Segundo os
pesquisadores, a técnica é considerada inadequada, pois não exclui o risco de
infecções e demanda uma grande quantidade de plasma de doadores sanguíneos
normais.
O coordenador do estudo, professor Dimas Tadeu Covas, da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), diz que a produção do
rhFVIII será capaz de suprir a demanda necessária para garantir a qualidade de
vida dos pacientes e conter os sangramentos, passando o país de importador de
concentrados plasmáticos para exportador do produto.
Fonte: Agência USP, 26 de outubro de 2012
Por Boa Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário