Estudo recentemente publicado pelo British Medical Journal cria debate sobre os métodos a possibilidade de anticoncepcionais produzidos com maiores quantidades de hormônios, como o adesivo e o anel vaginal, causarem mais trombose do que outros métodos.
Os cientistas da Universidade de Copenhague, Dinamarca, analisaram 1,6 milhões de mulheres com idade entre 15 e 49 anos durante o período de 10 anos, e concluíram que aquelas que escolhem por anticoncepcionais de uso oral feitos com o princípio ativo do levonorgestrel apresentam três vezes mais chances de sofrer tromboses do que as que não usam métodos hormonais. Este risco chega a 7,9% e 6,5% para as que usam adesivos e anéis vaginais.
As evidências de que medicações com taxas maiores de hormônios causam mais riscos à saúde do que outros já foram comprovadas em alguns estudos, porém o objetivo é esclarecer se estes inconvenientes são suficientes para suspender o uso destes contraceptivos em mulheres saudáveis.
Segundo o estudo desenvolvido, as mulheres estão preocupadas com os possiveis efeitos colaterais dos anticoncepcionais e, elas procuram, acima de tudo, eficiência e conforto do método escolhido. Segundo o Dr. Luis Enrique Sánchez Aço, presidente da Federação de Planejamento Familiar da Espanha, mais da metade das pacientes chegam ao consultório com uma ideia pré-concebida do que querem.
Há anos, médicos seguem prestando atenção aos diferentes efeitos dos contraceptivos, sendo que foi observado que eles não priorizam os mais eficazes e menos evasivos à saúde e reconhecem que a indústria farmacêutica tem tido o poder de mapear os mais vendidos, como a grande campanha publicitária levada à frente para o uso do anel vaginal.
É questionado o por que de não falar sobre o DIU, que é mais eficaz, sendo que ele falha apenas 0.8% do tempo, além de segundo o Dr. Luis Enrique Sánchez Aço oferecer o melhor valor “custo-benefício”,” enquanto o DIU de cobre custa cerca de 40 euros para 10 anos, o anel vaginal custa 20 euros por mês”, comenta.
Porém, segundo tais médicos, é apontado que não há “método ideal”, sendo que para cada mulher, o efeito é diferente.
Fonte Corposaun
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