Técnica interfere em fase importante do ciclo de crescimento do Plasmodium e mata até estirpes resistentes a medicamentos
Cientistas do Imperial College London, no Reino Unido, descobriram uma maneira de matar rapidamente o parasita Plasmodium falciparum causador da malária e erradicar a doença.
O novo tratamento utiliza moléculas que interferem com uma fase importante do ciclo de crescimento do parasita e aproveita este efeito para matá-los.
Segundo os pesquisadores, o impacto é tão agudo que matou 90% dos parasitas em apenas três horas e eliminou todos os patógenos em amostras de laboratório dentro de 12 horas.
"Plasmodium falciparum causa de 90% das mortes por malária, e sua capacidade de resistir a terapias atuais está se espalhando drasticamente, enquanto novas drogas estão em desenvolvimento, a maioria trabalha da mesma maneira que as terapias atuais e, portanto, só é eficaz a curto prazo. Acreditamos que podemos ter identificado o ' calcanhar Aquiles' do parasita, utilizando uma molécula que perturba muitos processos vitais para sua sobrevivência e desenvolvimento", afirma o líder da pesquisa Matthew Fuchter.
Os pesquisadores identificaram dois compostos químicos que afetam a capacidade do Plasmodium falciparum de sofrer transcrição, processo fundamental que traduz o código genético em proteínas. Estes compostos são capazes de matar o parasita durante o período de tempo do seu ciclo de vida complexo, enquanto ele habita a corrente sanguínea. Isto está em contraste com a maioria dos fármacos antimaláricos, cuja ação é limitada às fases mais curtas do ciclo de vida do Plasmodium.
"Um aspecto particularmente interessante desta descoberta é a capacidade de rapidamente matar todos os vestígios do parasita", afirma Fuchter.
Testes iniciais mostraram que as moléculas também foram capazes de matar estirpes de Plasmodium que desenvolveram uma resistência aos tratamentos atuais, embora os cientistas ressaltem que mais experimentos são necessários para confirmar estes resultados.
A equipe agora espera refinar essas moléculas, aumentando sua eficácia e criando uma estratégia viável para o tratamento da malária em humanos. Eles esperam que a abordagem possa levar ao desenvolvimento de uma cura eficaz contra a doença nos próximos dez anos.
Fonte isaude.net
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