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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TI em saúde: como não ser contratado

O cérebro não é suficiente para conseguir o emprego dos sonhos. Humildade e vontade de aprender são tão cruciais quanto
 
Por Paul Cerrato | InformationWeek EUA
 
Durante uma recente discussão da InformationWeek Healthcare, vários de seus membros do conselho trouxeram à tona a “Guerra de talentos” em TI em saúde.
 
Stephanie Reel, CIO da Johns Hopkins University, disse que para atrair e manter gerentes de TI talentosos “… é importante prestar atenção em seus funcionários e garantir a eles uma qualidade racional de vida, se possível”. Da mesma forma, Dan Drawbaugh, CIO da University of Pittsburgh Medical Center, disse que o esforço de sua organização para manter os profissionais está em programas de treinamento especiais de tecnologia, acordos de trabalho fora da instalação, semanas flexíveis, contratos de trabalho e ambientes redesenhados. “Tudo isso está sendo agressivamente implementado”.
 
Então, por que tantos candidatos a empregos de TI em saúde dizem que é difícil entrar na área? Um obstáculo é a insistência de muitos dos gestores contratantes em limitar suas pesquisas em técnicos que já têm uma base de experiência.
 
O debate roda em torno de um problema: é mais fácil ensinar a um profissional de TI os princípios clínicos necessários para se trabalhar em um hospital ou clínica, ou ensinar um especialista clínico os princípios gerais de TI? No geral, há argumentos legítimos dos dois lados desse debate, em minha opinião se um profissional de TI tem bagagem, alto QI – e afinidade para a área de saúde – quase não há limites para o que ele pode alcançar.
 
Mas vamos presumir por um momento que o candidato ao cargo tem muita experiência em TI de saúde ou consegue convencer um potencial empregador que sua experiência em outra área é o suficiente para qualificá-lo para a posição. Isso é o suficiente para alcançar um emprego cobiçado?
 
Não. Há ainda o problema da personalidade. E é exatamente nesse ponto que alguns profissionais de TI ficam aquém. Parece haver uma relação inversa entre habilidades analíticas e adequação social – ou ao que os psicólogos referem-se agora como inteligência emocional. Confesso, estou supergeneralizando, mas alguns técnicos se vangloriam de serem bons demais. Infelizmente, os gerentes que estão contratando podem interpretar essa independência de espírito como arrogância e inabilidade para trabalhar com outros.
 
Essa arrogância pode começar com a carta de apresentação e o currículo. Tome como exemplo uma carta de apresentação mencionada no Resumania, uma coluna sindicalizada por Max Messmer. Um candidato se apresenta: “Mark é absolutamente o melhor no que faz. Mark é um empresário. Mark é estudioso… Mark pensa grande”. Como Messmer aponta: “Mark perdeu a mão com essa apresentação”.
 
Aqui está outra carta de apresentação sem nenhum tato social: “Tenho coragem, ambição e coração o que é provavelmente muito mais do que os amadores que trabalham com você”. E essa aqui: “Não gosto de pessoas. Prefiro lidar com um computador do que com uma pessoa em qualquer dia da semana”.
 
Alguns pedidos de emprego passam a impressão de que apresentar-se como autoconfiante e experiente é o suficiente para ganhar o dia. Não é.
 
A autoconfiança precisa ser equilibrada com uma dose de humildade e vontade de aprender. Sem essas características, mesmo o mais brilhante especialista em TI não vai se encaixar.
 
Fonte SaudeWeb

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