O vinho certo com a refeição correta pode aprimorar o sabor e tornar a alimentação uma experiência mais agradável. Mas além disso, será que a bebida tem algum papel na digestão da comida?
Há algum tempo os cientistas buscam esta resposta. Alguns pesquisadores já disseram que bebidas alcoólicas aceleram o esvaziamento de alimentos do estômago e estimulam o ácido gástrico, enquanto outros sustentam que há pouco efeito.
Agora, um novo estudo realizado por pesquisadores alemães, publicado no jornal “Gut”, pode explicar a diferença entre as ações de cada tipo de bebida.
A pesquisa descobriu um efeito a partir de bebidas fermentadas (vinho, xerez e cerveja), mas não a partir de bebidas que eram fermentadas e também destiladas, como rum, conhaque e uísque.
Isso ocorreria porque os elementos constituintes da bebida alcoólica que estimulam a liberação de ácido gástrico e gastrina são, em sua maioria, produzidos durante o processo de fermentação e removidos durante a destilação, aponta estudo publicado no periódico científico.
Outras pesquisas ajudam a explicar por que o vinho tinto e a carne vermelha combinam-se tão bem.
A proteína suaviza as taninas do vinho e o tinto ajuda a contrabalancear substâncias potencialmente prejudiciais, como as gorduras oxidadas chamadas de MDA (ou malonaldeídos), liberadas quando a carne é ingerida.
Esta propriedade do vinho foi analisada em um estudo de 2008. Na época, os cientistas descobriram que uma porção de carne vermelha de peru elevava os níveis da substância no sangue dos indivíduos participantes.
Mas, quando o alimento era combinado com uma taça de Cabernet Sauvignon ou Shiraz, o aumento do MDA era “completamente evitado”.
Ou seja, além de muito saborosa, uma taça de vinho pode ajudar na digestão. Lembre-se apenas de não exagerar, pois trata-se de uma bebida alcoólica.
Vale ressaltar que cada vez mais indícios apontam que doses moderadas dela podem trazer benefícios para a saúde global de uma pessoa.
Fonte Corposaun
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