O transplante de fígado é o tratamento padrão para a fase final da doença hepática |
Pesquisadores da Itália descobriram que o antioxidante N-acetilcisteína (NAC), quando injetado antes do transplante de fígado, melhora significativamente o tempo de sobrevivência do enxerto.
Os resultados sugerem que o efeito do NAC sobre a função e sobrevivência do enxerto é maior quando órgãos de qualidade inferior são usados.
"O transplante de fígado é o tratamento padrão para a fase final da doença hepática. Antioxidantes como o NAC podem potencialmente reduzir os danos no fígado de um doador falecido, melhorando a função do enxerto", explica o autor principal Francesco D'Amico, da Padova University.
Estudos têm demonstrado que um dano que acontece no tecido do fígado quando o fornecimento de sangue retorna ao fígado após falta de oxigênio (isquemia), surge frequentemente durante o armazenamento e preservação de fígados doados e impacta o funcionamento do enxerto após o transplante.
A equipe de pesquisa selecionou 140 órgãos para candidatos adultos com doença hepática passando por seu primeiro transplante. Uma infusão de NAC, de 30 mg/kg foi administrada uma hora antes do transplante e uma infusão de 300 mg/kg antes do clampeamento. No total, 69 candidatos receberam NAC infundido e 71 pacientes tiveram um transplante padrão sem NAC.
Os resultados indicam que as taxas de sobrevivência de enxerto aos 3 e 12 meses foram de 93% e 90%, respectivamente, para os doentes que receberam fígados infundidos com NAC. As taxas foram de 82% e 70% no grupo de controle. A incidência de complicações pós-transplante foi de 23% para o grupo NAC e 51% no grupo de controle.
"Nosso estudo foi o primeiro aleatório a investigar o uso da infusão de NAC durante o processo de adjudicação do fígado. Propomos que NAC seja usado durante a colheita de órgãos para melhorar os resultados de transplantes de fígado, principalmente com o aumento do uso de órgãos de qualidade inferior. NAC tem um bom perfil de segurança e custo muito baixo por paciente, o que torna este protocolo altamente rentável em consideração a sobrevivência dos enxertos, tempo de permanência hospitalar e complicações pós-operatórias", conclui D'Amico.
Fonte isaude.net
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