Mais de 5200 pessoas já tiveram gripe desde outubro de 2012, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge. Vinte destes doentes sofreram complicações no estado de saúde e foram internados em unidades de Cuidados Intensivos. Um doente morreu
Filipe Froes, pneumologista e consultor da Direção-Geral da Saúde (DGS), afirmou ao CM que alguns doentes que estão em estado mais grave e a receber cuidados intensivos são asmáticos ou têm obesidade. Alguns são jovens adultos (têm entre 20 e 30 anos de idade).
Os doentes graves têm sido tratados com Tamiflu (oseltamivir), medicamento eficaz contra a gripe e que se encontra disponível nas farmácias hospitalares. Não foi necessário recorrer à reserva nacional estratégica, porque o número de doentes não justifica e a reserva é para ser utilizada em caso de pandemia. Inclui 2,5 milhões de doses e a validade foi alargada até 2020.
Segundo Ana Leça, diretora dos Serviços de Prevenção e Controlo da Doença da DGS, "não é possível saber" quantas pessoas adoeceram devido à estirpe do vírus da gripe A (H1) ou às outras estirpes. "O vírus da gripe que predomina é o A [H1N1 PDM09], é natural que haja mais infeções por esse vírus, o mesmo que circulou na pandemia em 2009". Ao contrário do que aconteceu em 2009, os profissionais de saúde não fazem notificações de todos os casos de doentes de gripe que entram nos hospitais. "Não se faz o diagnóstico laboratorial de todos os doentes, não faz sentido, pois trata-se de milhares de casos", refere.
No entanto, o número de doentes assistidos nos Cuidados Intensivos devido à gripe é superior este ano, em comparação com o mesmo período de 2012. Filipe Froes explica que "há mais unidades a reportarem as situações", pois há mais sensibilização dos profissionais. "Pedem mais testes e há mais diagnósticos".
Internados 14 doentes em Coimbra
Os doentes com gripe A internados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) aumentaram ontem para 14 – no domingo eram 11. Sete dos pacientes encontram--se no serviço de Medicina Intensiva. Dos restantes que estão em enfermarias, dois têm o diagnóstico confirmado e cinco aguardam os resultados laboratoriais. Segundo Arsénio Santos, médico do CHUC, todos estão "em situação estável", não havendo previsões de "evolução negativa a curto prazo".
Fonte Correio da Manhã
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