A maior parte dos pacientes de fibromialgia são mulheres |
O destino dos cerca de 30 participantes era a Estação Clínicas do metrô, onde estão expostos trabalhos artísticos feitos por pacientes que fazem tratamento contra fibromialgia no hospital.
A exposição, chamada AdorArte, estará aberta até o dia 22 deste mês. Dos mais
de 200 trabalhos produzidos por 80 mulheres foram selecionados 20 para a
exposição. Os trabalhos foram desenvolvidos por pacientes com fibromialgia que
participaram do Projeto Mão à Obra, desenvolvido pela fisioterapeuta e artista
Andréia Salvador Baptista e coordenado pelo professor Jamil Natour.
O objetivo da iniciativa foi avaliar a eficácia da terapia artística para o
tratamento da dor e fazer com que os pacientes falassem sobre o que estavam
sentindo. “As pacientes tiveram aulas de artes e de expressão corporal e se
expressaram por meio das telas, já que falar sobre a doença nem sempre é tão
fácil”, disse a fisioterapeuta. Segundo Andréia, a terapia artística, aliada à
atividade física, deu grande resultado. “Trabalhando não só o físico mas também
o emocional o efeito é mais duradouro. Elas (pacientes) ficaram por mais de um
ano sem dor”, falou a fisioterapeuta.
Os trabalhos estão expostos no salão principal do hospital e na Estação
Clínicas. “Estão expostas obras de arte que falam de fibromialgia. Foram feitas
por pacientes que participaram de um grupo de terapia durante cinco meses. E,
nesse grupo, essas pessoas se expressavam artisticamente. Desse trabalho
surgiram obras muito bonitas que decidimos expor”, disse Andréia.
Segundo a fisioterapeuta, a maior parte dos pacientes de fibromialgia são
mulheres. As pinturas, de cores bem fortes, retratam flores, pessoas, corações,
ilhas e vasos de plantas, entre outros temas. “As obras retratam sensações e
angústias ligadas a dor difusa, fadigas, alterações de sono e humor, além de
demonstrar ao público em geral que a arte pode ser terapêutica”, diz um cartaz
que apresenta as obras expostas.
A fibromialgia é uma dor generalizada e crônica. “Normalmente a fibromialgia
aparece quando há estresse físico ou emocional. Se a pessoa é geneticamente
predisposta, desenvolve [a fibromialgia]”, explicou Andréia.
Uma das pacientes do hospital que participou do projeto é Monica Maria
Rabelo, de 66 anos. Monica, que acompanhou a caminhada, diz ainda sofrer de
fibromialgia. “Sinto dores na perna, nas mãos, no braço. É muito ruim”, disse
ela. À Agência Brasil, Monica contou que nunca tinha pintado
uma tela antes de participar do projeto no hospital. “Nunca pintei nada. É
gostoso. Faz bem. E ajuda (a amenizar as dores) porque você se distrai”.
Fonte Agência Brasil
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