Pesquisa procurou ligações entre os níveis de ozônio no ambiente e a parada cardíaca |
Pesquisadores da Universidade Rice, em Houston, nos EUA, encontraram uma correlação direta entre a incidência de paradas cardíacas e os níveis de poluição do ar e ozônio.
O estudo sugere que as partículas finas têm impacto direto sobre os casos de ataques cardíacos.
Levando em conta que a American Lung Association classificou Houston como a oitava cidade nos Estados Unidos para os níveis de ozônio, a equipe de pesquisa decidiu verificar se há uma ligação entre os níveis de ozônio no ambiente e a parada cardíaca.
Os autores analisaram dados de oito anos retirados da rede de monitoramento da qualidade do ar de Houston e mais de 11 mil paradas cardíacas fora de hospitais.
Os resultados mostraram uma correlação positiva entre as paradas cardíacas e a exposição tanto às partículas finas (partículas menores que 2,5 microgramas suspensas no ar) e o ozônio.
A equipe descobriu que um aumento médio diário em partículas de 6 microgramas por dia durante dois dias, aumenta o risco de parada cardíaca em 4,6%, com especial impacto sobre as pessoas com condições pré-existentes de saúde.
O aumento do nível de ozônio foi semelhante, mas em uma escala de tempo mais curto. Cada aumento de 20 partes por bilhão em uma a três horas, também aumentou o risco parada cardíaca em 4,4%. Riscos relativos foram maiores para os homens, afro-americanos e pessoas com mais de 65 anos.
Os pesquisadores também analisaram os efeitos do dióxido de azoto, dióxido de enxofre e os níveis de monóxido de carbono, nenhum dos quais mostrou impacto sobre a ocorrência de parada cardíaca fora do hospital.
O trabalho deve ajudar o Serviço Médico de Emergência de Houston a afinar sua implantação de pessoal e equipamento e fornecer avisos precoces para as autoridades de saúde e do público quando o tempo e/ou incidentes garantam um alerta para níveis elevados de ozônio em áreas específicas.
Fonte isaude.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário