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quarta-feira, 13 de março de 2013

Cinco médicos são afastados do Samu por fraudarem ponto

Uma investigação interna culminou com o flagrante
Uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, foi presa em flagrante na manhã do domingo (10) ao validar o ponto digital de seis profissionais que não haviam comparecido ao trabalho. Thauane Nunes Ferreira, de 28 anos, utilizou moldes de silicone com o formato dos dedos desses funcionários para fraudar o sistema biométrico de controle de ponto.

Ela foi liberada no final da tarde do domingo (10) após habeas corpus e responderá em liberdade por falsificação de documento público. O flagrante foi feito por guardas municipais no momento em que a médica utilizava os moldes para simular a presença dos funcionários na unidade.

A denúncia do esquema chegou à prefeitura há cerca de 20 dias, de acordo com o prefeito Acir Filló. Uma investigação interna culminou com o flagrante. O autor da denúncia foi um funcionário do próprio Samu. Cinco médicos foram afastados do serviço, incluindo Thauane e o coordenador do Samu, Jorge Cury. Em depoimento, a médica relatou que Cury seria o mentor do esquema e afirmou que a fraude envolvia 11 médicos.

Dinheiro
Segundo o secretário municipal de Segurança, Carlos César Alves, Thauane disse que cada um dos 11 médicos envolvidos comprometeu-se a repassar R$4,8 mil por mês para Cury, valor que seria referente a quatro plantões. “Pedimos ao Ministério Público que se investigue com rigor e puna todos na forma da lei. Pedimos também para a Câmara Municipal fazer uma Comissão Especial de Inquérito”, disse o prefeito. Procurado, o advogado da médica não respondeu às ligações.

Segundo Filló, a médica trabalhava no Samu havia dois anos. O serviço conta com cerca de 40 funcionários, entre profissionais da saúde e da área administrativa. Por causa da fraude, os plantões contavam com menos profissionais do que era previsto. “Chegamos a ficar sem médicos no plantão, havia um déficit. Essa é uma prática antiga, que ocorre há mais de dois anos.” 
 
Fonte Estadão

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