Em média, sete mulheres infartadas foram atendidasa cada hora em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2012 |
Em média, sete mulheres infartadas
foram atendidas a cada hora em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em
2012. Do total de mulheres internadas, 66% tinham menos de 70 anos de idade. No
mesmo período, segundo a secretaria, cresceu também o número de mulheres vítimas
de acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame. Em 2012,
20.428 mulheres foram internadas por causa de AVC, enquanto em 2008 ocorreram
17.789 internações.
Para a secretaria, os principais
fatores de risco para as mulheres são a hipertensão, o colesterol alto, a
diabetes, obesidade abdominal, o sedentarismo, uso de cigarro e a combinação
entre o anticoncepcional e o fumo. “Pensa-se que o câncer de mama é o maior
problema e a maior causa de morte entre as mulheres, mas isso não é verdade. O
infarto mata seis vezes mais que o câncer de mama. É um problema grave e devemos
estar atentos a ele”, disse a nutricionista Mirian Furtado, do programa Meu
Prato Saudável, uma parceria entre o Instituto do Coração (InCor) e o Hospital
das Clínicas.
Para prevenir o surgimento de
doenças cardiovasculares, a nutricionista sugere que as pessoas façam exercícios
físicos regularmente, consultem periodicamente um médico e um nutricionista,
façam check-up anual e tenham uma alimentação equilibrada.
Na alimentação, a recomendação da
nutricionista é que as pessoas comam “bastante vegetais e frutas”. “Comer de
três em três horas é superimportante porque assim você não vai comer muito em
uma alimentação e ficar muito tempo sem comer nada depois. Fazer a distribuição
correta dos alimentos também é importante: no almoço, por exemplo, metade do
prato deve ser constituída por vegetais [verduras e legumes] e, na outra metade,
distribuir carboidratos e proteínas animal e vegetal. Fazendo essa combinação,
se estará ingerindo todos os nutrientes, mas sem excessos e sem trazer prejuízos
à saúde”, orientou a nutricionista.
A sugestão do Meu Prato Saudável é
que metade do prato, dois quartos, seja composta por verduras e legumes
variados, alimentos de cores diferentes. Na outra metade deve ser posto um
quarto de alimento rico em proteína (frango, peixe, ovos, com pouca gordura),
que pode ser complementada com leguminosas (feijão, grão de bico, soja e
lentilha), e mais um quarto com alimentos ricos em carboidratos (arroz, massas,
batatas, mandioca, mandioquinha ou farinhas).
Segundo a nutricionista, a
combinação brasileira de feijão, arroz, salada, batata e carne é “ótima”. “Mas é
preciso saber equilibrar isso e não pegar mais carne do que um quarto do prato e
não pegar muito carboidrato [como arroz e purê]. O arroz e o feijão é uma
combinação ótima, rica em minerais e vitaminas que são essenciais para nosso
corpo. Completando isso com a carne, os vegetais e uma leguminosa é o ideal. A
questão é evitar os excessos”, destacou.
Para quem costuma comer fora de
casa, a nutricionista sugere que as pessoas tenham bom-senso e evitem os
excessos. “Comer fora de casa tem um atrativo maior: em um self
service, por exemplo, há uma oferta muito grande [de alimentos]. É preciso
então ter bom-senso e saber equilibrar isso e não ficar pegando um pouquinho de
cada coisa para colocar no prato”, alertou. Ela também orientou para que se
evite ingerir alimentos industrializados e refrigerantes.
Mais informações sobre refeições
saudáveis podem ser obtidas por meio do portal www.meupratosaudavel.com.br
Fonte Agência Brasil
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