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quarta-feira, 13 de março de 2013

Inflamação no útero desliga gene-chave que impede parto prematuro

Hoje existem poucas drogas que podem ser usadas para interromper o trabalho de parto prematuro
Foto: Ministério da Saúde
Hoje existem poucas drogas que podem ser usadas para
interromper o trabalho de parto prematuro
Descoberta abre caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos para prevenir a ocorrência de nascimentos prematuros
 
Cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, descobriram que um gene chave presente no útero, que impede o parto de ocorrer muito cedo, é desligado pela inflamação na época do início do trabalho de parto.
 
A descoberta abre caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos para prevenir nascimentos prematuros.
 
No Reino Unido, o nascimento prematuro afeta cerca de um em 10 partos e complicações decorrentes de nascimentos prematuros são a principal causa de mortes entre recém-nascidos. Os bebês que sobrevivem têm um risco aumentado de desenvolver problemas de saúde e de desenvolvimento a longo prazo incluindo paralisia cerebral, dificuldades respiratórias, cegueira e surdez.
 
O processo por meio do qual as mulheres entram em trabalho de parto ainda é pouco compreendido, mas é fundamental que isso aconteça na hora certa, quando o bebê está pronto para nascer e pode sobreviver. Atualmente, existem poucas drogas confiáveis que podem ser usadas para parar o trabalho de parto prematuro.
 
A pesquisa se concentrou em como a inflamação no útero afeta uma classe experimental de medicamentos chamados inibidores da histona deacetilase (HDACi), que trabalha com o objetivo de atrasar o parto quando ele começa prematuramente.
 
Em estudos de laboratório, utilizando amostras de tecido retiradas de mulheres grávidas, estas drogas experimentais conseguiram parar a contratação do útero. Quando a equipe analisou uma substância química liberada durante a inflamação do útero, chamada TNF, eles descobriram que esse químico fez com que a contração do músculo começasse de novo, mesmo quando a droga HDACi tinha parado com sucesso a contração do útero.
 
"Nosso trabalho demonstra que, embora esta droga experimental possa parar a contratação do útero, ela não pode impedir a inflamação associada ao trabalho de parto normal de desligar os genes que garantem que a contração do útero não comece muito cedo. Isso significa que essa classe de drogas pode não ser uma medicação adequada para impedir o parto prematuro", afirma o líder da pesquisa Neil Chapman.
 
Segundo os pesquisadores, a pesquisa é um passo importante para desvendar os mistérios por trás dos processos de trabalho de parto normal. "Nós mostramos que a inflamação do útero desliga os genes que impedem o trabalho de parto prematuro. Compreender como prevenir essa inflamação ou como pará-la bloqueando os genes-chave necessários para impedir a contração do útero levaria a novos tratamentos para prevenir o nascimento prematuro", concluem.
 
 
Fonte isaude.net

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