Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 13 de março de 2013

Asas da cigarra podem levar à criação de materiais sintéticos antibacterianos

Cigarra da espécie Clanger. Inseto pode matar bactérias através da sua estrutura física
Cigarra da espécie Clanger. Inseto pode matar bactérias
 através da sua estrutura física
Truque usado pelo inseto para matar células bacterianas pode impedir crescimento de patógenos em superfícies como corrimões
 
Pesquisadores da Austrália demonstraram como a cigarra Clanger é capaz de matar bactérias através apenas da sua estrutura física, sem utilizar produtos químicos.
 
A pesquisa abre portas para a criação de materiais sintéticos que podem impedir o crescimento de bactérias em superfícies como corrimões de escadas públicas, corrimões de ônibus ou maçanetas de banheiros.
 
 
A cigarra clanger (Psaltoda claripennis) é um inseto, como gafanhotos, cujas asas estão cobertas por um vasto conjunto hexagonal de 'nanopilares', pontas em uma escala de tamanho similar a bactérias.
 
Quando uma bactéria se estabelece na superfície da asa, sua membrana celular se adere à superfície dos nanopilares e é alongada nas fendas entre eles, experimentando o máximo de tensão. Se a membrana é suave o suficiente, ela se rompe.
 
Segundo a autora do estudo Elena Ivanova, da Swinburne University of Technology, ela ficou surpresa que as células bacterianas não são perfuradas pelos nanopilares. O efeito de ruptura é mais como "o alongamento de uma folha elástica de algum tipo, tal como uma luva de látex. Se você pega um pedaço de látex em ambas as mãos e o estica lentamente, ele se torna mais fino no centro e vai começar a rasgar", explica Ivanova.
 
Para testar o modelo, Ivanova e seus colegas irradiaram bactérias com micro-ondas para gerar células que continham diferentes níveis de rigidez da membrana. Sua hipótese era que as bactérias mais rígidas seriam menos propensas a ruptura entre os nanopilares. Os resultados validaram o modelo, mas também demonstraram que os nanopilares de defesa da cigarra são limitados a bactérias que possuem membranas suficientemente macias.
 
A equipe ressalta que um estudo mais aprofundado da asa da cigarra é necessário antes de suas propriedades físicas de defesa possam ser imitadas em materiais sintéticos.
 
Segundo os pesquisadores, materiais com base neste modelo poderiam um dia ser aplicados em superfícies públicas que comumente transmitem doenças, sem causar os efeitos colaterais ambientais de substâncias químicas como o Triclosan.
 

Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário