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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Hidratação intensa restaura o ponto de equilíbrio ideal, devolvendo a flexibilidade e elasticidade da pele

Saiba os mitos e as verdades sobre o déficit de atenção e hiperatividade Divulgação/Stock photos
As meninas com TDAH são mais desatentas, desligadas
 e por vezes não são hiperativas, isso gera maior atraso
 e dificuldade de diagnóstico
Doença é relativamente recente, sendo melhor estudada e difundida após os anos 80
 
Dificuldade em prestar a atenção, impulsividade, problemas de comportamento, inquietude, impressão que está sempre no mundo da lua e rendimento ruim, esse é o perfil do portador de um transtorno relativamente comum e ainda muito pouco comentado: o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). É uma doença de descrição relativamente recente, sendo melhor estudada e difundida após os anos 80. É crônica, de início na infância e 3 vezes mais comum em meninos.

Acredita-se que cerca de 5 % da população tenha esse distúrbio, que pode perdurar por toda a vida e trazer importante comprometimento da qualidade de vida da pessoa e seus familiares. O reconhecimento preciso e o tratamento direcionado reduz de forma importante o comprometimento funcional.

Segundo o neurologista Leandro Teles, formado e especializado pela USP, o TDAH é um distúrbio cerebral complexo que geralmente acompanha o paciente durante toda a vida. O diagnóstico baseia-se na história clínica, que traz, em nível variado: desatenção, impulsividade e hiperatividade. O problema não é anatômico e não aparece em exames. A dificuldade é na função dos neurônios da região mais anterior do cérebro (chamado lobos frontais).

— Acredita-se que haja disfunção das vias que regem a concentração, regulam o sistema de previsão de resultados e garantem um comportamento mais sereno e produtivo. Sem essa regulação, a pessoa parece ligada no 220, fica aérea, agitada, age por impulso antes de pensar adequadamente, dissipa sua energia mental e tem seu rendimento comprometido — explica o especialista.

Por ser um problema relativamente novo e ainda pouco difundido, o neurologista elucida alguns mitos e verdades acerca do TDAH:

1 – O TDAH é diferente entre meninos e meninas
VERDADE. A doença é mais comum em meninos e se manifesta de forma mais perceptível neles. Os meninos com TDAH são mais hiperativos e impulsivos, o que gera mais incomodo em casa e na escola. As meninas com TDAH são mais desatentas, desligadas e por vezes não são hiperativas, isso gera maior atraso e dificuldade de diagnóstico.

2 – Os portadores de TDAH são menos inteligentes que a população geral
MITO.
O TDAH altera a concentração e gera uma taxa maior de erros. No entanto, são crianças e adultos de inteligência normal ou até acima da média. Quando adequadamente tratados e motivados são capazes de feitos intelectuais extraordinários. Agora, sem diagnóstico e orientação, dissipam sua energia intelectual por não canalizarem seu esforço na resolução de problemas.

3 – Os remédios fazem mais mal que a própria doença
MITO.
Os medicamentos são fundamentais na condução de casos mais intensos, tendo um bom custo/benefício. Obviamente, devem ser prescritos sempre pelo médico e podem apresentar efeitos colaterais que devem ser manejados no seguimento regular.

4 – Quem tem problema de atenção tem problema de memória
VERDADE.
A memória depende diretamente da atenção. Para fixar adequadamente uma vivência é fundamental atentar para ela, destacá-la do contexto e criar adequadas pistas mentais para resgatá-la no futuro. Pessoas desatentas queixam-se, invariavelmente, de problemas de memória.

5 – O problema se resolve quando a criança entra na idade adulta
MITO.
Em grande parte dos pacientes o problema adentra pela vida adulta. Isso pode gerar problemas no trabalho, na vida social e mesmo na vida econômica, uma vez que o grau de responsabilidade e o nível de cobrança aumentam progressivamente.

6 – O diagnóstico nem sempre é fácil
VERDADE.
O diagnóstico se confunde com problemas de criação, educação, dislexia, ansiedade e outros problemas psiquiátricos. Por vezes, faltam informações sobre a infância (quando o paciente procura ajuda já adulto), a doença pode também ser acompanhada de outras patologias (distúrbios de sono, abuso de drogas, transtornos de conduta, depressão etc) e existe ainda algum preconceito com esse tipo de diagnóstico.

7 – Quanto antes for identificado melhor é o tratamento
VERDADE.
O diagnóstico suspeito na fase pré-escolar é confirmado por volta dos 7 a 9 anos de idade e traz consigo toda uma reestruturação ambiental, familiar e escolar que leva a melhores resultados sociais e profissionais. No entanto, o tratamento pode e deve ser introduzido a qualquer momento que se faça o diagnóstico, mesmo quando feito na vida adulta.

8 – A parte mais importante do tratamento são os medicamentos
MITO.
Os medicamentos são importantes, mas o carro chefe do tratamento é o autoconhecimento, aliado aos ajustes ambientais, à readequação familiar, às atividades físicas e ao tratamento das comorbidades (doenças associadas).

9 – O TDAH é fruto da dieta ou da dinâmica dos tempos modernos
MITO.
O transtorno tem importantes determinantes genéticos e provavelmente existe há séculos (mesmo antes de sua descrição). Não é causado por consumo excessivo de calorias ou doces, nem por excesso de videogame ou televisão. O risco de um familiar de alguém com TDAH ter problema semelhante é mais alto.
 
Fonte Diário Catarinense

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