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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Redução de sal e aumento de potássio são novas metas da OMS

Cartaz sobre redução do sal em supermercado. Material faz parte da campanha lançada pela Secretária Estudal de Saúde
Foto: Venilton Küchler/SES
Cartaz sobre redução do sal em supermercado. Material faz parte
 da campanha lançada pela Secretária Estudal de Saúde
Revisão de dezenas de estudos mostrou que estas duas ações podem salvar milhões pessoas de doenças cardíacas
 
Reduzir o consumo de sal com o aumento paralelo dos níveis de potássio pode salvar milhões de pessoas de doenças cardíacas e derrames.
 
De acordo com os responsáveis por uma extensa revisão de estudos realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), existem muitas evidências de que a diminuição da ingestão de sal reduz a pressão sanguínea e, consequentemente,o risco de acidente vascular cerebral e doença de coração, mas muito pouco se sabe sobre os benefícios potenciais do aumento na ingestão de potássio,apesar de várias pesquisas já associarem o baixo nível de potássio no organismo com pressão arterial elevada.
 
A OMS definiu uma meta global de redução da ingestão de sal na dieta para 5-6 gramas (cerca de uma colher de chá) por pessoa, por dia, até 2025. No Reino Unido a meta é a metade da indicada pela OMS, cerca de 3 gramas por dia, até 2025, para a população adulta.
 
Os resultados das revisões de estudos mostram que os índices do Reino Unido são os mais indicados. Os pesquisadores acreditam que " as recomendações atuais da OMS não são ideais e dizem que uma nova redução para 3 gramas por dia deve tornar-se a meta de longo prazo para o consumo de sal da população."
 
O primeiro estudo analisou os efeitos da redução de sal sobre a pressão arterial, hormônios e gorduras do sangue (lipídios) a partir de 34 estudos envolvendo mais de 3 mil adultos.
 
Constatou-se que uma redução modesta de sal por quatro ou mais semanas levou a quedas significativas na pressão arterial em pessoas com pressão elevada e mesmo normal. O efeito foi observado em pessoas brancas e negras e em homens e mulheres, reduzindo assim derrames, ataques cardíacos e insuficiência cardíaca entre as populações.
 
Resultados semelhantes foram encontrados em uma segunda análise de 56 estudos, dos quais 37 de alta qualidade, relatando a pressão arterial, os lípidos no sangue, os níveis de catecolaminas (função renal). Constatou-se que a redução na ingestão de sal reduz a pressão arterial e não tem efeito adverso sobre os lipídios do sangue, níveis hormonais ou de função renal.
 
O menor consumo de sódio também foi associado com um risco reduzido de doença cardíaca coronária fatal e acidente vascular cerebral em adultos. "A totalidade da evidência sugere que a diminuição da ingestão de sódio deve ser parte dos esforços de saúde pública para reduzir a pressão arterial e doenças cardiovasculares, e provavelmente vai beneficiar a maioria dos indivíduos", concluem os autores.
 
Um terceiro estudo analisou dados sobre a ingestão de potássio e de saúde de 33 estudos envolvendo mais de 128 mil participantes saudáveis. Os resultados mostram que o aumento da ingestão de potássio reduz a pressão arterial em adultos, sem efeitos adversos sobre os lipídios do sangue, níveis hormonais ou função renal. Maior ingestão de potássio foi associado a um risco 24% inferior de acidente vascular cerebral em adultos e pode também ter um efeito benéfico sobre a pressão arterial em crianças. O potássio é encontrado em frutas mais frescas, vegetais e leguminosas.
 
Fonte isaude.net

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