Mudanças nos hábitos e suplementação alimentar podem resolver problemas de saúde |
A boa saúde depende do equilíbrio do corpo, e seu desequilíbrio é o responsável pelas doenças. Um dos fatores mais importantes para a busca e manutenção desse equilíbrio são os alimentos que ingerimos. Ora, se o desequilíbrio está na base das doenças, então por que as tratamos como algo desconectado da alimentação?
Seguindo esse pensamento, a nutrição funcional busca tratar as causas, não apenas os sintomas da doença. Por exemplo: uma mulher que sofre de TPM excessiva pode ser orientada a tomar antidepressivos, que tratam o sintoma — a diminuição dos níveis de serotonina no cérebro. Se essa mesma mulher procurasse um nutricionista funcional, ele buscaria tratar o problema em si — a falta de serotonina pode ser causada pela baixa ingestão de triptofano ou pelo consumo excessivo de carne vermelha, que impede a absorção do nutriente.
Por acreditar que tudo no corpo humano tem uma causa e que nada nele é por acaso, a nutrição funcional se debruça com uma abordagem nutricional sobre uma série de desordens que vão de distúrbios gastrointestinais a problemas emocionais, passando por desequilíbrios nutricionais, inflamatórios, imunológicos, neuroendócrinos (realtivos a neurotransmissores e hormônios), estruturais, nos níveis de radicais livres e antioxidantes e por problemas de exposição a toxinas no meio ambiente. Ela busca resolver suas causas através de mudanças nos hábitos e suplementação alimentar.
Na primeira consulta, é realizada uma avaliação do paciente — em que são observados seus hábitos e história clínica. Nessa sessão, o nutricionista identifica o problema e seu processo de evolução ao longo do tempo, pede exames clínicos específicos e, às vezes, dá algumas orientações inicias.
— O paciente explica o que o levou até a consulta e, a partir disso, tentamos reconstruir a história do problema — ressalta o nutricionista funcional e bioquímico Gabriel de Carvalho.
Na segunda consulta, com os exames em mãos, o nutricionista traduz os resultados em mudanças alimentares e no estilo de vida, dando orientações nutricionais específicas para aquele paciente e, se necessário, indicando complementos nutricionais. O paciente e nutricionista estabelecem, também, metas a serem atingidas.
— Na maioria dos casos, o tratamento pode ser feito apenas com alimentos. O uso ou não de suplementos depende da pressa da pessoa em obter resultados — explica o especialista, que relata atender com mais frequencia pessoas com alergias, problemas emocionais e sobrepeso associado a outras patologias.
Nas consultas subsequentes, o nutricionista acompanha os novos hábitos do paciente e pode readequar os complementos nutricionais. Ao final do tratamento, é feita uma revisão com exames clínicos.
Fonte Zero Hora
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