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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Entidades de saúde reeditam cara-pintadas em "repúdio à importação de médicos"

Entidades médicas de todo país vão às ruas de caras pintadas
Entidades médicas de todo país vão às ruas de caras
pintadas "em repúdio à importação de médicos"
O movimento que derrubou o presidente Fernando Collor, em 1992, promete mobilizar o país neste sábado (25)
 
Era o ano de 1992, o Brasil passava por uma grande recessão econômica causada pela desastrada tentativa de combate a inflação com a redução da liquidez da economia. Com os fracassos dos Planos Collor I e II, seguidos de diversas denúncias de irregularidades no governo, milhares de estudantes foram às ruas pedir o impeachment do presidente Fernado Collor. E os cara-pintadas, como ficaram conhecidos, conseguiram.
 
Agora são os médicos, estudantes de medicina e demais profissionais do setor que retomam a ideia do movimento com os cara-pintadas da saúde. Desta vez, o objetivo "é mostrar o repúdio da classe à proposta do Governo Federal de importar alguns milhares de médicos estrangeiros para atender no Brasil, sem os mesmos se submeterem a uma avaliação para comprovar que estão aptos a exercer uma medicina de qualidade."
 
" Entidades médicas, de professores, sindicalistas, estudantes de medicina, centrais sindicais, advogados, diretores de escolas de medicina e outras representações da sociedade civil repudiam intenção do governo de contratar médicos estrangeiros sem revalidação do diploma," afirmam as representações da classe médica.
 
A classe promete manifestações em todo país no dia 25 de maio. Em São Paulo, a Associação Paulista de Medicina (APM) sedia ato público, a partir das 10h, com a participação de instituições como o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Sindicatos dos Médicos, Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas, Ordem dos Advogados do Brasil/SP, Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, Força Sindical, Proteste ? Associação de Consumidores, sociedades de especialidades médicas, Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo, entre quase uma centena outras entidades.
 
Durante o ato público, será divulgada à imprensa e à sociedade a "Carta Aberta aos Brasileiros", assinada por mais de 100 instituições da sociedade civil, posicionando-se contra a proposta do governo e alertando aos perigos que representa à saúde da população. A classe destaca que " atualmente, o ingresso de profissionais de saúde estrangeiros no país depende da aprovação no Revalida?, que atesta os conhecimentos e habilidades na prática da medicina. No entanto, alegando que faltam médicos em áreas afastadas do país, o Governo Federal pretender flexibilizar a Lei e facilitar a contratação médicos estrangeiros ignorando as leis que estabelecem a avaliação obrigatória."
 
Durante este evento, dez mil bexigas verdes e amarelas serão soltas no Largo São Francisco dando início à passeada onde se espera a participação de 2 mil estudantes, além dos profissionais e representantes das diversas entidades presentes. Com apitos e caras pintadas, eles vão " exigir que a lei do Revalida seja seguida para que médicos do exterior sejam aceitos no país."
 
Fonte isaude.net

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