Foto: Brian T. Cunningham/University of Illinois Aplicativo usa a câmera e o processamento do celular para detectar qualquer tipo de moléculas biológicas ou células |
Sistema usa câmera e processamento do celular e pode fornecer diagnóstico imediato e de baixo custo em países em desenvolvimento
Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos EUA, desenvolveram uma embalagem e um aplicativo que usa a câmera embutida e o poder de processamento de smartphones como biossensor para detectar toxinas, proteínas, bactérias, vírus e outras moléculas.
Tais capacidades sensíveis de biossensoriamento poderiam mapear a propagação de patógenos, ou fornecer testes diagnósticos médicos imediatos e de baixo custo em clínicas de campo.
"Nós estamos interessados em biodetecção que precisa ser realizada fora do laboratório. Smartphones estão tendo um grande impacto em nossa sociedade, na nossa forma de obter nossas informações e na forma como nos comunicamos. E eles têm capacidade de computação e imagem realmente poderosas.
Um grande número de condições médicas pode ser monitorado de forma mais barata e não invasiva usando plataformas móveis como telefones. Eles podem detectar coisas moleculares, como patógenos, biomarcadores de doenças ou de DNA, que são atualmente detectadas apenas em grandes laboratórios de diagnóstico com muita despesa e grandes volumes de sangue", afirma o líder da pesquisa Brian Cunningham.
O suporte em forma de cunha contém uma série de componentes ópticos - lentes e filtros - encontrados em dispositivos de laboratório muito maiores e mais caros. A embalagem mantém a câmera do telefone em alinhamento com os componentes ópticos.
No coração do biossensor está um cristal fotônico, que atua como um espelho que reflete apenas um comprimento de onda de luz, enquanto o resto do espectro atravessa. Quando nada biológica chega ao cristal fotônico - tais como proteínas, células, microrganismos patogênicos ou DNA - a cor refletida irá mudar de um comprimento de onda mais curto, para um comprimento de onda maior.
Todo o teste leva apenas alguns minutos, o aplicativo orienta o usuário através do processo passo a passo. Segundo os pesquisadores, o dispositivo não é só portátil, mas também acessível para o trabalho de campo nos países em desenvolvimento.
Em um artigo publicado no jornal Lab on a Chip, a equipe demonstrou a detecção de uma proteína do sistema imunológico, mas o protótipo pode ser preparado para qualquer tipo de molécula biológica ou tipo de célula.
Os pesquisadores estão trabalhando para melhorar o processo de fabricação para a embalagem do iPhone e estão trabalhando em uma embalagem para celulares com Android também.
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