Os cigarros eletrônicos serão considerados remédio a partir de 2016 no Reino
Unido. Segundo a agência reguladora britânica, os produtos ainda poderão ser
vendidos em lojas de conveniência e não precisarão de receita médica.
No Brasil, a venda desses cigarros é proibida. Os dispositivos contêm um
refil de nicotina líquida, que é vaporizada e inalada como a fumaça dos cigarros
comuns.
As vendas desses dispositivos explodiram nos últimos anos, incentivadas pelas
leis de restrições ao fumo, que não atingem o produto. No entanto, os efeitos do
uso prolongado são desconhecidos e médicos afirmam que a popularidade desses
cigarros pode atrapalhar o combate tabagismo e a venda de produtos já regulados,
como os adesivos de nicotina. No Reino Unido, 1,3 milhão de pessoas usam os
cigarros eletrônicos regularmente. Há um ano, esse número era de 700 mil.
Na semana passada, um dossiê feito a pedido do Ministério da Saúde da França
recomendou a proibição desses cigarros em lugares fechados, a interdição da
venda do dispositivo a menores de 18 anos e o fim da publicidade.
De acordo com a agência britânica de saúde, foram encontradas substâncias
impróprias e níveis muito diferentes de nicotina entre os cigarros eletrônicos.
O objetivo da regulação é garantir a qualidade dos produtos. Os fabricantes
terão de provar que os dispositivos liberam uma quantidade adequada de nicotina.
O governo britânico decidiu, no entanto, não proibir a venda dos cigarros até
2016. "Fumar é a coisa mais perigosa [para a saúde] e nós queremos ajudar as
pessoas a parar. Banir os cigarros eletrônicos não seria apropriado porque a
alternativa é que as pessoas voltem a fumar", explica Jeremy Mean, da agência
reguladora de remédios e produtos de saúde do Reino Unido.
Em 2016, uma legislação sobre os cigarros eletrônicos também deve entrar em
vigor em toda a Europa.
Fonte Folhaonline
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