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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Projeto para levar telemedicina à Africa subsaariana avança

Sistema piloto, implantado no Quênia e no Senegal, permite conectar as zonas rurais com hospitais e centros médicos de referência, facilitando assim o atendimento médico
 
O projeto ‘SAHEL’ (“Satellite African eHealth validation”), que tem como objetivo apoiar a implementação e subsequente extensão de serviços de telemedicina economicamente viáveis na África avança com a colaboração de diversas empresas e universidades da Europa e Africa.
 
O ‘SAHEL’ é uma iniciativa gerenciada a partir da Agência Espacial Europeia (ESA), e cofinanciada pela Comissão Europeia para a África Subsaariana. Tem sua origem nas conclusões extraídas do grupo de trabalho de telemedicina (Telemedicine Task Force -TTF), iniciado em 2006, que contou com a participação de várias organizações europeias e africanas.
 
Graças a iniciativa pôde-se definir e implementar um piloto que conecta as zonas remotas dos países da África Subsaariana com hospitais e centros médicos de excelência. Trata-se de um primeiro passo para a configuração de um sistema integral de tele saúde (‘eHealth’) que inclui serviços de telemedicina, controle epidemiológico e formação contínua do pessoal médico, como pilares básicos sobre os quais outros serviços futuros serão articulados.
 
Um consórcio de empresas e entidades, liderado por EADS CASA Espacio, foi o encarregado por realizar esta iniciativa. Participam da iniciativa a Indra, multinacional de consultoria e tecnologia, implantando sua plataforma de telemedicina (‘Telemed’) e seu sistema de informação médica (‘Health Network’); SES ASTRA (Luxemburgo) na definição do serviço e o fornecimento do acesso fixo de banda larga via satélite; a Université Numérique Francophone des Sciences de la Santé et du Sport (UNF3S), que proporciona o conteúdo médico de teleformação em francês; e a ONG African Medican Research Foundation (AMREF), encarregada em contribuir com conteúdos em inglês de eLearning. A experiência e tecnologias utilizadas serão colocadas a serviço da própria AMREF, um centro de excelência com base no Quênia e de Le Kinkeliba, uma ONG que segue ativa na área de saúde do Senegal oriental desde mais de 15 anos.
 
As ONG’s se encarregaram de coletar as necessidades reais dos usuários e coordenar os esforços sobre o terreno com o pessoal local para que o piloto realmente pudesse ser efetivo e útil para a população.
 
Telemedicina
A Indra, por exemplo, contribui implementando seu sistema de gestão médica, uma plataforma de gestão modular e adaptável sobre a qual se podem articular os diferentes serviços. O sistema permite o Telediagnóstico como parte dos possíveis serviços médicos, oferecendo assistência em tempo real para a resolução de quadros clínicos. Desta forma, o médico ou enfermeiro poderá se comunicar a todo o momento com especialistas dos centros de referência para que eles possam ajudar no diagnóstico e tratamento dos pacientes.
 
A plataforma oferece também um serviço de Histórico Clínico Digital individual e familiar dos pacientes, fazendo o gerenciamento das visitas médicas, prescrições, primeiros socorros, vacinação ou programas médicos adaptados às necessidades prioritárias na África Subsaariana (entre outras, a saúde materna ou o atendimento infantil). Além disso, favorece a geração de informativos epidemiológicos sobre Enfermidades de Declaração Obrigatória para uso oficial e a criação de estatísticas de uso interno. Segundo comunicado da empresa, esta função de monitoria de enfermidades é especialmente importante, uma vez que facilita o acompanhamento e o controle das patologias mais devastadoras para a população destas regiões, tais como enfermidades endêmicas (malária), tuberculose ou Aids.
 
A plataforma incorpora, ainda, um serviço de e-Learning (formação à distância) aos profissionais médicos (médicos, enfermeiros, parteiras, entre outros) nos ambientes rurais. O catálogo de formação à distância incorpora cursos das especialidades com maior demanda, incluindo seminários online, tutoria e outros temas. Os conteúdos são oferecidos pela UMVF e pela AMREF.
 
Pilotos no Senegal e no Quênia
O piloto do ‘SAHEL’ foi implementado em três centros de atendimento primário e secundário no Senegal e no Quênia, conectando-os com centros de referência em ambos os países: o Hospital Nacional Kenyatta de Nairobi, Quênia, e o Centro Africano de Telemedicina em Dakar, Senegal.
 
Os pacientes das áreas  rurais, a grande maioria sem grandes recursos econômicos, deveriam se deslocar para os grandes hospitais urbanos para serem atendidos por especialistas ou em caso de urgência. Graças a  plataforma, os médicos dos centros rurais e das regiões mais remotas podem solicitar ajuda direta a especialistas dos centros de referência. O serviço de e Learning, além disso, melhora o preparo da equipe médica dos centros pequenos e remotos, o que sugere um valor agregado à assistência médica que se presta nestes territórios.
 
Com este projeto a Indra informa promover um novo impulso à exportação de sua experiência no âmbito de saúde digital. Recentemente, a companhia tecnológica forneceu e implantou o seu sistema de saúde (Health Network) no Hospital de La Florida, no Chile. A Indra também implantou o Health Network no centro médico Makati (MMC) das Filipinas e tornou-se detentora do projeto para os Ministérios da Saúde e Defesa do Reino de Bahrain, que contempla o desenvolvimento e operação global de todos os aplicativos da rede do seu Sistema Nacional de Saúde, o que inclui tanto hospitais como centros de saúde.
 
Fonte SaudeWeb

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