Pesquisa sobre saúde escolar divulgada nesta quarta-feira (19) pelo IBGE
constatou que cerca de um terço (31,1%) das meninas tentavam emagrecer. Dentre
elas, 6,4% das entrevistadas afirmaram ter induzido o próprio vômito ou tomado
laxantes para obter seu objetivo.
Ainda no que tange o peso, 16,0% delas tentavam engordar. Já entre os
meninos, um percentual menor (21%) tinha como objetivo perder peso, num
resultado um pouco superior aos 19,6% que desejavam ganhar peso.
"É importante notar que 19,1% das alunas do 9º ano do ensino fundamental se
achavam gordas ou muito gordas e, no entanto, uma proporção maior (31,1%)
relatou que tentava perder peso", ressalta o IBGE.
Considerando as escolas da rede pública e privada, observou-se que existe uma
diferença de mais de 12 pontos percentuais entre os alunos das escolas
particulares que tentaram perder peso (36,4%) e aqueles que frequentavam escola
pública e tomavam essa atitude (24,2 %), segundo o IBGE.
Os dados mostram ainda que a ingestão de medicamentos, fórmulas ou outro
produto com a intenção de ganhar peso ou massa muscular sem acompanhamento
médico atingia 6,2% dos estudantes.
"Chamou a atenção o fato de que 8,4% dos escolares do sexo masculino
declararam ter tomado essa atitude, enquanto que a metade desse percentual
(4,2%) dos alunos do sexo feminino declararam tê-lo feito, nos 30 dias que
precederam a pesquisa", ressalta o IBGE. O dado sinaliza o uso de anabolizantes
por jovens do sexo masculino, ainda na adolescência.
Alimentação saudável
Os dados da pesquisa apontaram que 69,9% dos estudantes consumiram feijão,
43,4% hortaliças, 30,2% frutas frescas e 51,5% tomaram leite. Já 41,3% dos
alunos consumiram guloseimas em cinco ou mais dias na semana anterior a
pesquisa.
Quase totalidade (98%) dos estudantes de escola pública no país respondeu que
a escola oferece alimentação. Nas escolas privadas, a oferta foi
"significativamente" menor (41,4%), segundo o IBGE.
Também foi investigada a existência de cantinas e pontos alternativos de
venda dentro das escolas e os tipos alimentos comercializados. Enquanto os
salgados de forno estavam disponíveis para 39,2% dos estudantes, as frutas
frescas ou salada de frutas estavam disponíveis para apenas 10,8%.
O IBGE entrevistou mais de cem mil adolescentes em 2.842 escolas de todo o
país.
Fonte Folhaonline
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