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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Prática de yoga reduz distúrbio do sono em pacientes com câncer

Pesquisa americana apontou que atividade reduz o uso de remédios para dormir
 
Estima-se que 30 a 90% dos pacientes com câncer têm algum problema para dormir, inclusive após finalizar o tratamento. Este distúrbio pode ser severo a ponto de aumentar risco de morte.
 
Intervenções, como realização de exercícios físicos, são recomendados em conjunto com mudanças no estilo de vida, alimentação e medicamentos.
 
A prática de yoga é apontada como potencial estratégia para melhorar a qualidade de vida neste grupo de pacientes. Um recente estudo publicado no Journal of Clinical Oncology avaliou 410 pacientes (96% mulheres, 75% com câncer de mama) com desordens do sono após tratamento oncológico. Os participantes foram sorteados para um grupo de controle, com medidas convencionais para manejo do problema para dormir ou para intervenção. Ou seja, além das medidas convencionais, realizavam 75 minutos semanais de yoga, envolvendo exercícios de respiração, postura e meditação. A qualidade do sono foi avaliada antes e após a intervenção, em ambos os grupos.
 
Todos os critérios avaliados com questionários padronizados, como qualidade no sono, tempo para adormecer e tempo total de sono, foram favoráveis para grupo que realizou a intervenção. A necessidade de uso de remédios para dormir reduziu 21% por semana no grupo que fez yoga contra aumento de 5% no grupo controle.
 
Os pesquisadores, da Universidade de Rochester nos Estados Unidos, concluíram que a prática de yoga é uma forma útil para controle de distúrbios de sono na população avaliada.
 
O oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus, Stephen Stefani, destaca que estratégias complementares avaliadas cientificamente são muito bem-vindas para otimizar a qualidade de vida de pacientes com câncer.
 
— Investimentos em qualidade de vida são frequentemente subdimensionados nesta doença, o que é um paradoxal, uma vez que a maioria dos pacientes assinala que esta meta é uma prioridade que não deve ser esquecida — alerta Stefani.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 27 milhões de novos casos de câncer são esperados no mundo para o ano 2030 e 17 milhões de mortes ocorrerão como consequência desta doença e 75 milhões de pessoas vivas estarão já convivendo com o câncer. Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) projetou mais de 250 mil casos novos este ano.
 
Zero Hora

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