O Brasil negocia com a Argentina uma cooperação binacional para a produção de medicamentos biotecnológicos, afirmou nesta terça-feira o ministro da Saúde Alexandre Padilha durante cerimônia de abertura dos trabalhos da Rinc (Rede de Institutos Nacionais de Câncer), dos países membros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
"A proposta do Brasil é fazer cada vez mais parcerias com a indústria farmacêutica internacional e fortalecer as parcerias com a América Latina. Temos interesse em fazer parcerias com a indústria da Argentina, a do Equador, que está surgindo agora, e de outros países da região e, assim, garantir acesso universal aos medicamentos", disse Padilha.
Os medicamentos biotecnológicos são definidos como produtos farmacêuticos fabricados por métodos de biotecnologia, com produtos de origem biológica, geralmente envolvendo organismos vivos ou seus componentes ativos.
O ministro afirmou ainda que uma empresa argentina já demonstrou interesse no projeto. Atualmente, o Brasil tem 28 parcerias público-privadas de produção de medicamentos, financiadas pelo Ministério da Saúde e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Essas parcerias permitem a produção de antirretrovirais e medicamentos contra doenças inflamatórias, mal de Parkinson, hepatite C e outras.
"O Brasil possui 147 centros de radioterapia e o governo pretende praticamente duplicar esse número. Não produzimos nenhum equipamento de radioterapia, que são importados. No mundo, existem cinco fornecedores desses equipamentos e nenhum é produzido na América Latina. Precisamos convocar esses produtores para virem para cá, não só para reduzir os preços, como também para garantir a disponibilidade desses equipamentos", destacou.
Fonte Folhaonline
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