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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hospital das Clínicas, em SP, reabre centro de reprodução assistida

Fechado desde o incêndio no Hospital das Clínicas, no Natal de 2007, o centro de reprodução humana do HC reabre nesta terça-feira já com uma fila de espera de 500 casais.

O centro foi inaugurado há oito anos na primeira gestão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a um custo de R$ 3 milhões. Agora, R$ 1,23 milhão foi investido na reforma, iniciada em 2009.

Segundo Edmundo Baracat, professor titular de ginecologia da USP, a reforma foi necessária porque o centro teve de ser adaptado para atender a novas determinações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "A fumaça do incêndio danificou equipamentos do laboratório", diz ele.

Para as novas candidatas à FIV (fertilização in vitro), o limite de idade será de 38 anos. A decisão foi aprovada pela comissão de ética do HC porque, a partir dessa idade, as chances de gravidez ficam abaixo de 5% em razão da má qualidade dos óvulos.

Quando o centro foi inaugurado, em 2003, não havia limite de idade, e mais da metade das 8.000 mulheres inscritas tinha mais de 40 anos.

Baracat diz, porém, que mulheres acima de 38 anos poderão ser atendidas em protocolos especiais. Mas não haverá fertilização com óvulos doados --alternativa que mulheres mais velhas têm nos centros de reprodução privados.

"Não vamos mandar ninguém embora. Vamos atender e ver o que dá para fazer em cada caso. Pode ser que o problema [de infertilidade] de uma mulher de 40 anos seja tubário [trompas obstruídas], e nem precise de uma FIV", afirma Baracat.

100% PÚBLICO
O atendimento será 100% público. Os casais devem ser encaminhados por unidades de saúde do SUS.

Todo custo será bancado pelo governo do Estado. Nas clínicas privadas, cada ciclo de FIV custa de R$ 10 mil a R$ 20 mil.

A previsão inicial será realizar de 20 a 40 ciclos de fertilização por mês, além de tratamentos menos complexos. A partir de 2012, a meta é atingir 80 ciclos mensais. Quando o centro foi fechado, havia mais de mil casais à espera de tratamento.

O ginecologista Paulo Serafini, diretor do centro, afirma que todos foram chamados para continuar o tratamento. "Mas muitos engravidaram em outros centros, outros se divorciaram, outros não foram encontrados porque mudaram de endereço."

LISTA DE ESPERA
A manicure Maria Noêmia Rodrigues, 36, espera desde 2004 a chance de fazer uma fertilização in vitro no HC. Mãe de uma filha de 22 anos, ela tem apenas uma trompa, que está obstruída.

Maria Noêmia diz que estava inscrita no centro de reprodução (tem documento que atesta isso), mas afirma que não foi chamada pelo HC. "Dá uma angústia de ver o tempo passando e não saber quando vai acontecer."

Baracat garante que as mulheres que já estavam na fila terão prioridade. Sobre o caso da manicure, diz que pode ter havido algum problema em contatá-la.
Editoria de arte/folhapress
Fonte Folhaonline

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