Reação à fruta cítrica pode causar problemas sérios como falta de ar, urticária e diarreia
Protagonista do fondue de chocolate, o morango é uma das frutas mais festejadas e procuradas do inverno. De sabor doce e uma atraente cor vermelha, o aumento da oferta nesse período do ano eleva consideravelmente o consumo e, consequentemente, as reações adversas à fruta.
“Os alimentos cítricos são os mais alergênicos e o morango faz parte dessa seleção”, afirma a nutricionista Roseli Rossi, da clínica Equilíbrio.
Além disso, a delicadeza da fruta silvestre faz com que a quantidade de pesticida e agrotóxico utilizada no plantio seja exagerada, algo que pode desencadear alergias graves.
“Isso ocorre porque a toxina vai se depositando no organismo”, explica a médica.
A alergia a um alimento pode ser desenvolvida ao longo dos anos e os sintomas podem ser suaves e passar despercebidos ou, ao contrário, intensos a ponto de colocar a vida em risco.
“Em alguns casos, a pessoa nem percebe que tem o problema, mas em outros precisa ser hospitalizada”, reforça Roseli.
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Os sintomas imediatos são urticária, náuseas, vermelhidão no nariz, inchaço e dores de cabeça. Em episódios graves pode haver uma reação alérgia aguda, que pode levar à morte. No entanto, para chegar a esse ponto é preciso consumir uma grande quantidade do alimento.
Reações alérgicas são, na verdade, um erro do sistema imunológico, que reconhece proteínas presentes no alimento como agressoras, atacando-as e desenvolvendo anticorpos para combatê-las. No caso dos morangos, pesquisas indicam que o responsável pelo problema pode estar intimamente ligado à tão admirada cor vermelha da fruta.
“A alergia pode surgir em qualquer momento da vida e, assim que descoberta, é preciso evitar o causador do problema”, explica a alergista Ariana Yang, da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai).
Intolerância ao morango
De acordo com Ariana Yang, a alergia a morango não é tão comum quanto a intolerância a ele, lembrando que, embora pareçam semelhantes, são duas condições bem distintas. “A intolerância não tem a ver com produção de anticorpo, mas sim com predisposição genética e presença de determinada substância no alimento; já a alergia é mais imunológica, o corpo desenvolve anticorpos ao que está no alimento”, explica.
Confundir alergia e intolerância é comum, já que as duas produzem sintomas semelhantes. No segundo caso, no entanto, são corriqueiras as dores de cabeça, nas articulações, placas avermelhadas pela pele e sensação de cansaço.
O que fazer?
A primeira atitude é procurar um médico para identificar se a sua reação é alergia ou intolerância. O diagnóstico é realizado com uma análise minuciosa do histórico alimentar do paciente e uma pesquisa de anticorpo contra o alimento, por meio de exame de sangue ou de pele.
As especialistas recomendam, no entanto, evitar o alimento. Vale ressaltar que quem tem alergia não deve consumir nem mesmo produtos feitos de morango ou flavorizados com a fruta, como geléias e bolos.
Fonte IG
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