Foram registradas 92.812 ocorrências em 2009; em 1998, o Estado teve 148.018 casos de gravidez na adolescência
SÃO PAULO - Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, produzido com base nos dados da Fundação Seade e divulgado nesta terça-feira, 26, mostra que a gravidez entre adolescentes paulistas, com idades entre 10 e 19 anos, caiu 37% em 11 anos.
Em 1998, foram 148.018 casos de gravidez na adolescência no Estado e em 2009, último dado consolidado, esse número caiu para 92.812 ocorrências. A queda nos casos se mostrou constante desde o primeiro ano do levantamento.
De acordo com o relatório, houve uma redução de 37,8% na faixa etária de 15 a 19 anos. Em 1998, foram 143.490 adolescentes nessa faixa etária grávidas no Estado. Em 2009 esse número caiu para 89.176 jovens. Entre as garotas com idades entre 10 e 14 anos, o indicador apresentou queda de 19,7%, com 4.528 casos de gravidez em 1998 e 3.636 em 2009.
Desde 1996 a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social, e que começou a mostrar resultados dois anos depois - por isso a Secretaria usa 1998 como base de comparação.
Além de informação e orientação, o trabalho busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. A Casa do Adolescente de Pinheiros, na capital, serviu como laboratório da nova política de saúde para jovens, oferecendo atendimento multidisciplinar, com médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores.
"A replicação do atendimento multiprofissional focado não apenas na prevenção mas nos aspectos emocionais e psicoafetivos dos adolescentes vem contribuindo não só para a diminuição dos índices de gravidez na adolescência, mas também na prevenção e tratamento de doenças", disse o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, em comunicado.
Atualmente, são 25 unidades da Casa do Adolescente na capital, Grande São Paulo e litoral do Estado. Uma delas, inclusive, instalada em Heliópolis, maior favela da cidade de São Paulo.
A Secretaria mantém um telefone, (11) 3819-2022, para tirar dúvidas dos adolescentes sobre sexo seguro, anticoncepcionais e relacionamentos afetivos, entre outros assuntos. Uma equipe formada por médicos, psicólogos e assistentes sociais atende jovens que ligam em busca de orientações. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 11h às 14h.
Fonte Estadão
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