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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Portugal: Recusa de consulta motiva 2 mil queixas

O número de reclamações dos doentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) devido à recusa de consultas aumentou em 2010. Segundo o Relatório do Sistema SIM-Cidadão, que registou um total de 45 679 reclamações, foram feitas 2286 queixas devido à recusa de consulta, mais 136 que em 2009. A maior a parte destas reclamações (1866) visa os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES).

A dificuldade de marcar uma consulta parece afectar cada vez mais pessoas, uma vez que motivou também mais reclamações dos utentes dos ACES no ano passado, tendo sido apresentadas 1779 queixas.

O serviço de Medicina Geral e Familiar dos centros de saúde foi o mais visado pelos utentes nas suas exposições.

Já no âmbito dos hospitais, o principal motivo de reclamação continua a ser o tempo de espera no serviço de Urgência.

O Centro Hospitalar Lisboa Norte (Santa Maria e Pulido Valente) foi o que mais reclamações teve em 2010, com 2628 registos, seguido do Hospital Garcia de Orta, em Almada, com 1893, e do Hospital Fernando da Fonseca, na Amadora, com 1483.

Em relação aos profissionais, os médicos são, de longe, os mais visados, com 23 506 reclamações, seguidos dos dirigentes intermédios, com 9530, dos assistentes técnicos, com 6198, e dos enfermeiros, com 3756.

MEIO ANO PARA DAR UMA RESPOSTA
Com um tempo médio de resposta definido para o SNS de 67 dias, constatou-se que é o Agrupamento de Centros de Centros de Saúde Dão Lafões II (Vouzela) que demora mais tempo a responder às reclamações. Em média, este agrupamento demora 179,59 dias a dar uma resposta às reclamações. Segundo o relatório, seguem-se os hospitais Maria Pia (Porto), 173 dias, Distrital de Águeda, 163, Dona Estefânia (Lisboa), 157,48, e São João (Porto), com 156,65 dias de demora. Em relação às Unidades Locais de Saúde, a do Baixo Alentejo (hospitais de Beja e de Serpa e centros de saúde do distrito de Beja, excepto Odemira) é a que demora mais tempo: 142 dias.

CONTROLO EM GASTOS EXCESSIVOS
O Ministério da Saúde, liderado por Paulo Macedo, quer controlar os gastos nas prescrições de medicamentos e nas horas extraordinárias. Para isso, parece contar com a ajuda da Federação Nacional dos Médicos (FNAM). Sérgio Esperança, presidente da FNAM, defendeu, após uma reunião com o ministro, a necessidade de "haver nos hospitais e centros de saúde auditorias que possam intervir e pôr regras e contenção, sem entrar no capítulo absoluto das restrições".

Fonte Correio da Manhã

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