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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Campinas tem 40% de mortalidade por meningite


Ação. Linha de produção na fábrica de vacinas da Fiocruz - Wilton Junior/AE–17/8/2009
Wilton Junior/AE–17/8/2009
Ação. Linha de produção na fábrica de vacinas da Fiocruz

Doenças meningocócicas mataram 10 pessoas em 2011 na cidade; São José do Rio Preto também registrou mortes

A letalidade por doenças meningocócicas chegou a 40% em Campinas. Dos 25 infectados diagnosticados até ontem, 10 morreram, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Nesta semana, mais uma morte foi registrada em São José do Rio Preto - são duas este ano.
 

A coordenadoria de Vigilância em Saúde de Campinas pediu a atenção dos profissionais de saúde para casos suspeitos, "frente à elevada taxa de letalidade e ao possível incremento da incidência da doença meningocócica nos próximos meses".

Em 2010, entre janeiro e setembro, Campinas teve 40 casos da doença, com 12 óbitos - mortalidade de 30%, considerada alta. No Estado todo, a mortalidade foi de 19, 6% em 2010, segundo o Ministério da Saúde. Em números absolutos, foram 1.428 casos, com 280 mortes.

No Estado, há predominância da forma C da meningite, contra a qual existe vacina na rede pública. Em Campinas, foram encontrados, além de 15 casos da variedade C, também as formas B (4 casos) e Y (1) - e um caso em que não foi possível identificar o subtipo da doença. O quadro mais recente, de setembro, ainda está tendo seu subtipo analisado.

Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, Brigina Kemp afirma que a mortalidade alta na cidade tem a ver com o fato de "a maioria dos casos ser de meningococcemia (a forma mais grave)".
Para Evandro Roberto Baldacci, infectologista e pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, fatores como a descoberta tardia da doença e a introdução de antibióticos precocemente podem estar relacionados com essa alta letalidade.

Segundo Rosana Richtmann, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, estes casos afetam principalmente os adultos porque estes não são obrigatoriamente vacinados. Para eles só há vacina na rede privada.

Em Rio Preto, neste ano 11 pessoas foram contaminadas e 2 mortes foram confirmadas - uma delas, uma criança, no domingo passado. Anteontem, outro caso foi confirmado, de um homem de 34 anos, internado em estado grave na UTI, do Hospital de Base. Apesar disso, a Secretaria de Saúde informa que não se trata de um surto da doença, que em 2010 inteiro contaminou 10 pessoas.

Na Bahia, o governo e empresários do setor hoteleiro do litoral norte decidiram antecipar o plano de vacinação contra a meningite dos trabalhadores dos hotéis e pousadas locais. O motivo é o recente surto na Costa do Sauipe, que deixou três mortos e quatro internados.

Fonte Estadão

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