Nutricionista Mônica Beyruti foi convidada do programa desta quarta (14). Endocrinologista Alfredo Halpern explicou o que é hipoglicemia
A vontade de comer doce muitas vezes não tem hora, mas há as preferências gerais, como depois do almoço ou no meio da tarde. O Bem Estar fez uma enquete aqui no nosso site e 43% das pessoas responderam que sentem mais desejo após as refeições. Outros 31% dos votos disseram que gostam mais à tarde, no lanche (veja o resultado completo no fim da página).
Mas não é apenas o doce, que tem gosto de açúcar, o responsável por aumentar as taxas de glicose no sangue – o chamado índice glicêmico, que deve ser levado em conta também antes e depois dos exercícios. Alimentos como cenoura, bolacha de água e sal e uva passa, a princípio inofensivos, são capazes de elevar o índice de açúcar na corrente sanguínea.
Já alimentos como iogurte, pera e cereais têm o poder contrário. No meio termo, ficam arroz, feijão, suco de laranja e chocolate, entre outros.
Para explicar como funciona o processamento do açúcar no corpo humano e por que é importante observar o que se come – para não ter uma crise de hipoglicemia ou diabetes –, o Bem Estar desta quarta-feira (14) contou com a presença do endocrinologista Alfredo Halpern e da nutricionista Mônica Beyruti.
Segundo a nutricionista, a melhor hora para comer um doce é depois de uma refeição completa e variada. Dessa forma, o açúcar é absorvido devagar, por causa das fibras dos outros alimentos. Além disso, como o doce costuma ser mais calórico, quando a pessoa enche a barriga com a refeição primeiro, sente-se mais saciada e tende a ingerir menos doce.
Alimentos com fibras (que estão presentes em cascas, bagaços e polpas de frutas, na celulose das verduras e legumes e nos grãos integrais) têm uma absorção mais lenta do que alimentos de carboidratos complexos, como o arroz branco, o macarrão, o pão francês e a batata, por exemplo. Ou seja, os produtos fibrosos tendem a ter um índice glicêmico menor que os carboidratos mais complexos.
Em geral, tudo o que uma pessoa come e bebe aumenta a taxa de açúcar no sangue, enquanto todo tipo de atividade física precisa de energia e, portanto, diminui a glicemia. Alimentos de índice glicêmico maior são indicados para quem está em uma crise de hipoglicemia, porque são uma descarga rápida de energia para o corpo, ou então para quem acabou de fazer exercício e precisar recuperar as energias gastas.
Em geral, na alimentação, prefira alimentos de índice glicêmico menor, porque são absorvidos de forma mais gradual pelo corpo, o que é mais saudável.
Uma boa indicação pra quem quer comer algo e não abrir o apetite é a fruta. A frutose, que é o açúcar da fruta, é outro tipo de carboidrato simples, mas que exige um processamento diferente do corpo, que não precisa insulina. Sem isso, não há quedas nos níveis de glicemia e a fruta não terá o efeito de abrir o apetite.
Hipoglicemia
Quando uma pessoa come, o alimento é absorvido, digerido, e o açúcar vai para o sangue, o que aumenta a taxa da substância dentro dos vasos.
Quando uma pessoa come, o alimento é absorvido, digerido, e o açúcar vai para o sangue, o que aumenta a taxa da substância dentro dos vasos.
Em resposta, o pâncreas produz mais insulina, hormônio que carrega o açúcar para o interior das células, onde será usado como fonte de energia.
Alguns indivíduos têm um pâncreas “atrasado”, o que significa que o intervalo de tempo entre a ingestão de um alimento com teor de açúcar e a produção de insulina é maior que o normal. Quando isso acontece, o nível de açúcar no sangue cai.
O cérebro, então, percebe a queda de energia e aciona dois hormônios. A adrenalina sai da glândula suprarrenal, que fica acima dos rins, e se espalha pelo corpo para avisar que a glicose é necessária.
Esse processo acaba causando ansiedade, tremor, transpiração e palidez.
Já o glucagon é liberado pelo pâncreas e retira açúcar do fígado para distribuir pelo resto do organismo e compensar a perda de açúcar. É pela ação desses dois hormônios que se sente fome em uma crise de hipoglicemia.
Fonte Bem Estar
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