Profissionais resolveram dar um voto de confiança à SMS, que mostrou interesse em negociar para cumprir os pontos que ainda faltam
Os médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, reunidos em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Médicos de Goiás (SIMEGO) decidiram, na noite da ultima segunda-feira (12) suspender o movimento paredista iniciado no dia 24 de agosto.
Os profissionais resolveram dar um voto de confiança à SMS, que mostrou interesse em negociar para cumprir os pontos que ainda faltam.
Em relação ao escalonamento das consultas, o médicos acataram a sugestão feita pelo Ministério Público Estadual, em reunião na última sexta-feira. A proposta sobre as condições de trabalho apresentada pela secretaria consiste na formação de mesas de negociações, nas quais os médicos farão parte das decisões para adequações e melhorias das unidades.
O Projeto de Lei relacionado à criação do cargo de Diretor Técnico Médico nas unidades já está na Câmara dos Vereadores e a categoria aguarda a definição dos trâmites legais.
Com relação à questão salarial, foi aprovada a proposta da SMS de isonomia entre os contratos e o fim dos contratos precários, com a promessa da realização de um concurso público para o preenchimento das vagas ainda este ano. Os médicos concordaram em negociar o reajuste salarial fora do movimento paredista.
Situação em São Paulo
Na última terça-feira (12), os médicos que trabalham em hospitais e instituições públicas no Estado de São Paulo decidiram realizar em outubro um dia de paralisação de advertência.
Dentre as reivindicações da categoria estão a implantação do piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), no valor de R$ 9.188,22 para jornada de 20 horas semanais, e o cumprimento da promessa feita pelo Estado de implantar, ainda este ano, o Plano de Carreira, Cargos e Salários para os médicos (PCCS).
Os participantes da assembleia criticaram a declaração do governador Geraldo Alckmin, em recente entrevista ao “Programa do Jô”, realizada no última dia (30), de que o PCCS será implantado somente em 2012, contrariando o que vem anunciando a Secretaria Estadual da Saúde de que o mesmo seria discutido e implantado a partir de outubro deste ano (2011).
Também foi estabelecida a formação de uma comissão para organização do movimento, com integrantes de diversos hospitais do Estado. A paralisação de advertência tem como data indicativa o dia 18 de outubro, mas será definida na próxima assembleia dos médicos servidores do Estado, agendada para o próximo dia 3 de outubro.
Ribeirão Preto
Médicos do Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto também participaram da assembleia. Eles estão em greve há 80 dias. Reivindicam equiparação salarial com profissionais de outros dois hospitais públicos estaduais: Mater e Hospital Estadual de Ribeirão Preto.
As reivindicações também mobilizam médicos do Hospital Estadual de Bauru, do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (Iamspe), do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) e do Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo. O salário base do médico, em início de carreira, contratado pelo governo do Estado é de R$ 414,30.
Além disso, os pagamentos por plantões são baixos, próximos R$ 600,00 para jornada de 12h. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do IIER, por exemplo, em virtude dos péssimos salários oferecidos, corre risco de fechamento por falta de profissionais, já que no último concurso público nenhum candidato compareceu para realizar as provas de admissão.
O presidente do Simesp, Cid Carvalhaes, disse que a situação da categoria “é degradante e imoral com salários baixos, falta de profissionais e péssimas condições de trabalho”. Carvalhaes admitiu que a greve de Ribeirão Preto ameaça se espalhar por outros hospitais públicos em São Paulo.
Fonte SaudeWeb
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