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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bebês que não se alimentam de leite materno podem ter problemas para evacuar

Confira as dicas do gastropediatra Ivo Prolla para mães que estão em dúvida sobre o melhor tipo de leite a adotar nesta situação


A dúvida de uma mãe, narrada ao blog Meu Filho, rendeu muita discussão. Ela não aguentava mais o sofrimento da filha para evacuar, e a bebê também não queria mais saber da fórmula infantil receitada pelo pediatra. O leite de caixinha aparecia como salvador. O bebê passou a mamar mais, a evacuar com regularidade e sem sofrimento. O gastropediatra Ivo Prolla afirma ser comum que bebês que não se alimentem de leite materno tenham constipação, caracterizada por fezes duras (em bolinhas ou volumosas), associada à dor, a esforço e à redução de evacuações (menos de quatro vezes por semana). Veja as principais dicas do especialista:

Ideal para... o terneiro
Para algumas mães e avós, o leite de vaca ainda é a melhor opção, tanto como fonte alimentar quanto para regularizar o intestino. Na verdade, o leite de vaca é a melhor opção quando o ser em questão é o bebê terneiro, e não o humano. Ele é riquíssimo em gorduras e proteínas e seus nutrientes não contemplam as necessidades do bebê para o padrão de crescimento humano (mais lento que o do terneiro), nem visam à proteção contra doenças da nossa espécie. O leite de vaca não contém a gordura necessária à perfeita maturação do sistema nervoso infantil, além de impor "sobrecarga" aos rins devido ao excesso de proteínas.

Acalma, mas...
É claro que o leite de vaca parece acalmar um bebê que chora. Ele faz com que bebês que "mamam toda hora no seio" durmam várias horas seguidas. O que não é falado é que a composição proteica e de gorduras do leite de vaca desencadeia a formação de uma "pasta" no estômago, de lenta digestão. O bebê fica literalmente "embuchado" por horas a fio. Eles engordam mais rápido. E quem é que não gosta de ver um bebê bem gordinho, tipo de propaganda de fraldas? Todo mundo, exceto nós, médicos, que sabemos que esse ganho de peso é devido ao alto teor proteico do leite de vaca (três vezes maior que o materno), e que este "bebê gordinho" terá mais chance de se tornar um adolescente e/ou adulto obeso e de apresentar diabetes e doenças cardiovasculares quando adulto.
As consequências

Bebê "alimentado" com leite de vaca apresenta risco de alergia à beta-lactoglobulina (proteína altamente alergênica, presente no leite de quase todos os mamíferos, exceto no humano), de desidratação hipertônica (pelo excesso de "sal", sem ingestão de água), de anemia (por perda crônica e microscópica de sangue nas fezes), e de rebaixamento do quociente de inteligência no futuro (devido à carência de ferro).

Fonte Zero Hora

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