A Inspecção-Geral das Actividades da Saúde (IGAS) abriu um processo de investigação à situação denunciada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) de que uma empresa estará a limitar o acesso da diálise a portadores de hepatite B.
Fonte do Ministério da Saúde revelou à Lusa que o processo de investigação foi instaurado após o SIM ter enviado para a IGAS documentação “sobre a empresa NephroCare e a sua comunicação sobre limitação futura de diálise aos portadores de vírus Hepatite B”, segundo informação disponibilizada pelo sindicato no seu site.
O SIM afirma ter em seu poder “cópias de ofícios endereçados pela empresa NephroCare, com sede em Lisboa, dirigida às Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Algarve, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Norte” referente à “desativação da sala de diálise afeta ao tratamento de doentes portadores do vírus da hepatite B".
Segundo o SIM, estão em causa clínicas de hemodiálise no Algarve, a de Faro, no Centro, as de Coimbra, Guarda e Viseu, em Lisboa, as do Lumiar e do Barreiro e no Norte as de Ponte da Barca, Braga, Gaia, Feira e Maia.
O sindicato refere que os ofícios, que serão “assinados pelo presidente do conselho de administração, Ricardo Adolfo Carballo da Silva, e pelo vogal António José de Castro Guerreiro” destinam-se “a informar que a partir de novembro os portadores de vírus da hepatite B, ali clara e nominalmente listados, devem ver as ARS a diligenciar para a sua transferência para unidades de hemodiálise alternativa”.
“Esta medida, absolutamente louca do ponto de vista ético e técnico, tem por base a contenção de custos a que as empresas de diálise se auto-submeteram após a redução de preço compreensivo imposto por Despacho recente”, acusa o SIM.
Fonte Destak
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